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Paulo Jorge Pereira

Amílcar Mendes lê "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade

No regresso de Amílcar Mendes às leituras aqui no blog, o poema "Quadrilha", do brasileiro Carlos Drummond de Andrade, é a escolha de hoje.



Genial escritor brasileiro, Carlos Drummond de Andrade nasceu na cidade mineira de Itabira, a 31 de outubro de 1902, estudando em Belo Horizonte e Nova Friburgo. A Literatura daria sinais mais fortes na sua vida quando se associou com vários amigos para a criação da Revista, uma publicação dedicada a promover o movimento do Modernismo. Poesia seria a sua principal arma, embora a genialidade de Drummond de Andrade se manifeste também através do conto, do ensaio, da crónica e da escrita para os mais jovens.

Já era licenciado em Farmácia e casado com Dolores Dutra de Morais (Carlos, um primeiro filho, morreria pouco depois de nascer, mas o casal teria ainda a filha Maria Julieta) quando se estreou na vida literária com "Alguma Poesia", em 1930. Até morrer, em 1987, publicará dezenas de obras nos géneros acima referidos. Entretanto, nos anos 40, filia-se no Partido Comunista e assume mesmo a responsabilidade de dirigir, durante algum tempo, uma publicação carioca da entidade política.

Para lá da atividade no funcionalismo público, o escritor vai publicando, junta alguns prémios, colecionando também participações no semanário Mundo Literário e na revista Atlântico.

São vários os seus poemas que ganharam maior dimensão de divulgação e grande popularidade e "Quadrilha", de que aqui Amílcar Mendes apresenta uma leitura, é apenas um exemplo. Chegaria aos meios audiovisuais quando foi representado na televisão e no cinema: Ivan Fernandes cumpriu o papel no pequeno ecrã, enquanto Pedro Lito e Carlos Gregório agiram de igual forma na 7.ª Arte.



A 17 de agosto de 1987, poucos dias depois da morte da filha, Carlos Drummond de Andrade seria vítima de enfarte, morrendo no Rio de Janeiro.

Amílcar Mendes, ator e "dizedor de poesia", que também foi coordenador das noites de Poesia do Pinguim Café e do Púcaros Bar, no Porto, deixa-nos uma leitura diferente. A sua estreia aqui no blog registou-se a 5 de junho com um excerto de "Gin sem Tónica, mas Também", de Mário-Henrique Leiria. Mais tarde, no passado dia 3, surgiu a leitura de "Poemas de Ponta & Mola", de Mendes de Carvalho. A 14 de julho leu o poema "Funeral", de Dinis Moura.

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