Autor de sucesso, o espanhol Arturo Pérez-Reverte e o seu "Cães Maus Não Dançam" fazem a proposta de hoje. Mas há muito mais para descobrir sobre a história de vida do autor e também a propósito dos livros já publicados.
Jornalista e escritor com obra de sucesso que já conheceu adaptações ao cinema, o espanhol Arturo Pérez-Reverte é um dos autores mais populares da atualidade em língua castelhana. Pérez-Reverte nasceu em Cartagena, a 24 de novembro de 1951, e a atração pelo mundo do jornalismo levou-o a licenciar-se na arte de bem reportar pela Universidade Complutense de Madrid. Teria oportunidade não apenas de praticar muito no terreno, mas também de viajar e ganhar mundo, sobretudo como repórter de guerra ao longo de mais de duas décadas, entre 1973 e 1994. Foi repórter do diário Pueblo ao longo de 12 anos e, em seguida, emprestou a sua imagem e voz à televisão e à rádio. Pelo meio, a partir de 1986, quando se estreou com a publicação do romance "O Hussardo", passou a dedicar-se com maior regularidade à escrita até que esta, face ao arrebatador êxito em que se transformaram os seus livros, o conquistou a tempo inteiro.
Aqui apresento um excerto do seu mais recente trabalho, "Cães Maus Não Dançam" ("Los Perros Duros No Bailan", no original), mas a sua obra é vasta, admirada por milhões em todo o mundo e traduzida para mais de três dezenas de línguas. Além de dois recentes livros de não-ficção ("Perros e Hijos de Perra", de 2014, e "La Guerra Civil Contada a los Jóvenes", do ano seguinte), Pérez-Reverte publicou quase duas dúzias de outros livros, incluindo a célebre coleção Alatriste, o intrépido espadachim do século XVII sempre metido em sarilhos e cujas aventuras, que já renderam sete livros, foram adaptadas ao grande e ao pequeno ecrã. Mas também a coleção Falcó, esta ainda só com três exemplares que, começando em 2016, saíram em anos sucessivos ("Falcó", "Eva" e "Sabotaje"). Claro que, depois da estreia acima referida, e até "Cães Maus Não Dançam", vieram mais romances: "O Mestre de Esgrima" (1988); "A Tábua de Flandres" (1990); "O Clube Dumas ou A Sombra de Richelieu", "A Sombra da Águia" e "Território Comanche: uma Narrativa" (todos de 1993); "A Pele do Tambor" (1995); "O Cemitério dos Barcos sem Nome" (2000); "A Rainha do Sul" (2002, outra obra que teve adaptação para televisão na plataforma Netflix); "O Pintor de Batalhas" (2006); "O Assédio" (2010); "O Tango da Velha Guarda" (2012) e "Homens Bons" (2016).
ASA/Tradução de Cristina Rodriguez e Artur Guerra
Desde 2003, o escritor é membro da Real Academia Espanhola, tendo ocupado a vaga deixada com a morte de Manuel Alvar em agosto de 2001.
Conhecido por defender teses iberistas, em setembro do ano passado deu uma entrevista ao Diário de Notícias em que considerava "uma anomalia que Portugal e Espanha não sejam um mesmo Estado". E argumentou: "Seríamos uma potência mundial."
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