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Paulo Jorge Pereira

"Da Meia-Noite às Seis", de Patrícia Reis

Jornalista que se iniciou nas aventuras literárias em 2004, Patrícia Reis também se dedicou a escrever para os mais jovens. Hoje é da sua obra mais recente, "Da Meia-Noite às Seis", apresentada em 2021, que aqui se trata.



"Cruz das Almas" (2004), nome de uma aldeia em Maceió, no Brasil, foi a estreia literária de Patrícia Reis, mas havia um percurso jornalístico da autora que, nascida em 1970, começara a trabalhar no semanário O Independente. Passou pela Sábado, por um estágio na Time, trabalhou no Expresso, experimentou a televisão (produtora do programa Sexualidades), as revistas Marie Claire e Elle, o diário Público. Editar a revista Egoísta passou a ser a sua missão jornalística desde 2000, num projeto da sua autoria com Henrique Cayatte.

Mas o trabalho literário não se ficaria pela obra de estreia: "Amor em Segunda Mão", de 2006, deu sequência ao que se iniciara dois anos antes. Também em 2006, ao lado de João Vilhena, apresenta "Beija-me", um "romance fotográfico". Seguem-se "Morder-te o Coração" (2007), "No Silêncio de Deus" (2008), "Antes de Ser Feliz" (2009), "Por este Mundo Acima" (2011), "Contracorpo" (2013), "O que nos Separa dos Outros por Causa de um Copo de Whisky" (2014) e, em coautoria com Maria Manuel Viana, "Gramática do Medo" (2016). De 2017 é "A Construção do Vazio" e, em 2019, Patrícia Reis publicou "As Crianças Invisíveis", obra sobre crianças institucionalizadas.

Para lá dos romances, a escritora também assina a biografia de Vasco Santana, publicada no ano da sua estreia literária: 2004.

Sobre o livro de que hoje se apresenta aqui um excerto, Patrícia Reis resumiu, em entrevista ao deusmelivro.com: "Da Meia-Noite às Seis foi escrito durante o primeiro confinamento e reflete os meus receios, as minhas interrogações. Não é um livro sobre a pandemia, tem o vírus como moldura. É um livro sobre a amizade, sobre o luto, sobre a possibilidade de resgatar alguma alegria. Dentro da narrativa existem factos reais, as datas das notícias sobre o vírus, por exemplo. Fazia sentido que assim fosse por uma das personagens, Rui Vieira, ser jornalista."


D. Quixote


Nem só de romances vive o trabalho literário de Patrícia Reis, pois a autora também escreve para os mais jovens, designadamente a coleção "Diário do Micas".

O Plano Nacional de Leitura recomenda a sua série infantojuvenil "Diário do Micas". Quem quiser saber mais sobre Patrícia Reis pode procurar aqui.

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