Tendo vasta obra diversas vezes distinguida com prémios, Ana Luísa Amaral e o seu livro "Imagias", publicado em 2002, do qual retira o poema "Silogismos", são as escolhas de Fernanda Silva na leitura que hoje apresenta.
Poeta, docente de Literatura e Cultura Inglesa e Americana na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e tradutora, Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa, a 5 de abril de 1956. A sua vasta e multipremiada obra está dispersa por poesia, ensaio, teatro, ficção e livros para público mais jovem. Doutorada com uma tese sobre a poesia de Emily Dickinson, a professora foi responsável, ao lado de Ana Gabriela Macedo, pelo "Dicionário de Crítica Feminista", em 2005, e cinco anos mais tarde cuidou da edição anotada das "Novas Cartas Portuguesas", obra central da Literatura portuguesa e da defesa dos direitos das mulheres, escrita em 1972 por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.
Mas a sua obra literária vem dos anos 90 quando se iniciou na publicação de poesia - "Minha Senhora de Quê" (1990), "Coisas de Partir" (1993), "Epopeias" (1994), "E Muitos os Caminhos" (1995), "Às Vezes o Paraíso" (1998). Aos poucos foi surgindo a escrita para crianças como por exemplo "Gaspar, o Dedo Diferente e Outras Histórias" (1999) ou "A História da Aranha Leopoldina" (2000). E nunca deixou para trás a poesia: "Imagens" é de 2000, seguindo-se "Imagias" (2002), de que aqui se lê um trecho, "A Arte de Ser Tigre" (2003), a coletânea "Poesia Reunida 1990-2005", "A Génese do Amor" (2005), "Entre Dois Rios e Outras Noites" (2008), "Se Fosse um Intervalo" (2009), "Inversos, Poesia 1990-2010". Sentiu o apelo do teatro e escreveu, voltou à literatura infantil e à poesia, publicou ficção com "Ara" (2013). Traduziu autores como Shakespeare, John Updike, Patricia Highsmith ou Emily Dickinson. "Vozes" (2011), "Escuro" (2014), "E Todavia" (2015) e "What's in a Name" (2017) são os seus trabalhos mais recentes na área da poesia.
Edição Gótica
Os livros de Ana Luísa Amaral estão traduzidos e publicados em mais de uma dezena de países, do México à Suécia, passando por Estados Unidos, Colômbia, Espanha ou França.
Se quiserem saber mais acerca da autora e da sua obra podem visitar a sua página na Internet.
Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No passado dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina.
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