Professor de História com formação ainda em outras áreas e sempre atento às temáticas relativas a totalitarismos, Cristóbal Villalobos Salas e o seu "Futebol e Fascismo" são a proposta de hoje.
"Futebol e Fascismo" concentra atenções na forma como diferentes regimes ditatoriais, incluindo o português, usaram o futebol como argumento de manipulação a seu favor. O seu autor, Cristóbal Villalobos Salas, é docente de História, mas também domina temas como a museologia e, além da escrita de livros, coopera com variados órgãos de informação: revista Panenka, ABC, Sur, El Norte de Castilla, Jot Down ou El Español.
No passado dia 7 de agosto, em entrevista concedida ao jornalista Ricardo Alexandre, da TSF, Villalobos Salas explicou os motivos que o levaram a um olhar mais especial sobre a ditadura em Espanha e a sua relação com o futebol: "Franco usa o futebol sobretudo, por um lado, para entorpecer a população; e, por outro, para fazer propaganda interna sempre que há uma vitória da seleção espanhola ou do Real Madrid", referiu. "Um pouco para vender a ideia para a sociedade de que a Espanha estava ao mesmo nível que o resto da Europa", acrescentou. "Mas, quando Franco morre, o futebol é usado sobretudo pelos nacionalistas pró-independência da Catalunha e do País Basco, que o continuam a usar até hoje como uma das suas principais armas identitárias", resumiu.
Edições 70/Tradução de Manuela Parada Ramos
Para Mario Vargas Llosa, Prémio Nobel da Literatura, "o futebol desperta um pouco do nosso instinto tribal".
Não faltam histórias e História na obra que hoje aqui se apresenta. O resultado é um livro imperdível para todos aqueles que querem saber mais sobre a maneira como as ditaduras agiram em relação ao futebol. Já galardoado, Cristóbal Villalobos Salas é também autor da obra "Las Visitas de Franco y Ciano en 1939. Malaga Entre La Guerra Civil y la Segunda Guerra Mundial".
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