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Paulo Jorge Pereira

Gi da Conceição lê "A Arte de Chorar em Coro", de Erling Jepsen

A estreia em leituras aqui no blog por Gi da Conceição fez-se com um trecho do livro "A Arte de Chorar em Coro", do dramaturgo dinamarquês Erling Jepsen, que hoje aqui está de volta. Uma obra que teve adaptação ao cinema em 2006.



Sul da Dinamarca, uma pequena comunidade rural na Jutlândia, finais da década de 60. Uma criança com 11 anos conta, com especial admiração pelo pai, os episódios mais dramáticos como se fizessem parte do mais normal dos quotidianos - esta é a premissa para a obra "A Arte de Chorar em Coro" ou, no original, "Kunsten at Græde i Kor", estreia no romance do dramaturgo dinamarquês Erling Jepsen, publicado em 2002, e que aqui podemos "ouver" na bela interpretação de Gi da Conceição. O livro, com traços autobiográficos, teve adaptação ao cinema em 2006 e seria mesmo selecionada para representar a Dinamarca nas nomeações para os Óscares. Mas o trabalho do escritor já antes merecera atenções do mundo audiovisual - por exemplo, ajudando a escrever "Forræderne" (1983) ou telefilmes como "Polledreng kommer hjem", dois anos antes, "Hekseskud" e "Næste Week-end" (ambos de 1982). Mais tarde, sempre em formato de telefilme surgiriam "En Kærlig Omstigning" (1994), "Kuren" (2001) e "Parasitterne" (2004).




Nascido no sul do território dinamarquês a 14 de maio de 1956, Jepsen começou a sua vida literária em 1977, embora só publicasse a partir de 1992. Com cerca de uma dúzia de peças escritas, Erling Jepsen apresentou outros cinco romances, além do já citado. "Frygtelig Lykkelig" ou "Terrivelmente Feliz", de 2004, que também foi adaptado ao grande ecrã; "Reisekammeraten" (2005); "Biroller" (2009, que se tornou uma comédia cinematográfica com o título "Undskyld jeg forstyrrer); "Hovedløs Sommer" (2011); "Den Sønderjyske Farm" (2013), "Gramhavet - Familiehemmeligheder I" (2016) e "Erna i Krig" (2020), também com adaptação à 7.ª Arte.


Cavalo de Ferro


Sendo o teatro a sua principal paixão, Jepsen tem escrito também para televisão e alguns dos seus romances tiveram adaptações cinematográficas.

Gi da Conceição é natural de S. Pedro do Sul (1986) e licenciada em Teatro e Educação pela Escola Superior de Educação de Coimbra. É Diretora Artística da Companhia de Teatro Perro (desde 2017); foi docente do curso de Artes do Espectáculo/Interpretação da EPTOLIVA (2017-2020) e formadora do Instituto de Emprego e Formação Profissional (2016-2020). Como encenadora assinou as criações "Germana, A Begónia", "Passagens Secretas", "Casa de Hóspedes", "Prosopopeia do Vinho" e "CICARE".

Tem em funcionamento Oficina de Teatro em Tábua, São Pedro do Sul e Guarda. Coordena, juntamente com Guilherme Gomes, o Clube de Leitura de Peças de Teatro no projeto Creta, em Viseu. Apaixonada pelo teatro. Acredita nele como sendo um potente motor de transformação social e agente cultural e político; transmissor de mensagens. Assim como os livros, aproxima as pessoas, torna-as mais vulneráveis, sensíveis, empáticas e tolerantes. Une-as.

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