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  • Paulo Jorge Pereira

Duarte Baião lê "The Storyteller", de Dave Grohl


Duarte Baião, autor do livro "Crónicas do Desasossego", regressa às leituras aqui no blog com um excerto da autobiografia de Dave Grohl, antigo baterista dos Nirvana e vocalista/guitarrista dos Foo Fighters, intitulada "The Storyteller".



É de música e vida, com inúmeras peripécias pelo meio, que se constrói "The Storyteller - Tales of Life and Music", a autobiografia de David Eric Grohl, ou simplesmente Dave Grohl, o antigo baterista dos Nirvana e, depois do trágico suicídio do líder da banda, Kurt Cobain, vocalista e guitarrista dos Foo Fighters. Duarte Baião apresenta aqui um excerto da história de Grohl, nascido em Warren, no Estado norte-americano do Ohio, a 14 de janeiro de 1969. Antes de se assumir como um dos elementos da mais influente banda da cena grunge já a música era parte importante no dia a dia de Dave Grohl, pois com apenas 14 anos já integrava o grupo Scream, sob influência punk.

Enfrentando uma encruzilhada com o súbito fim dos Scream, Grohl ficou hipnotizado com o potencial que viu numa atuação dos Nirvana e, após diversos contactos, teve oportunidade de mostrar em Seattle as suas qualidades aos membros da banda e foi convidado como baterista. Viveram juntos tempos de grande intensidade e sucesso, mas, em 1994, Cobain suicidou-se e o trajeto do grupo chegou ao fim. Dave Grohl procurou, então, outros rumos, criando os Foo Fighters ainda nesse mesmo ano. O êxito iria ganhar dimensão planetária, permitindo que o agora vocalista e guitarrista colaborasse com alguns dos principais nomes do universo musical, tocando com bandas como os Queens of the Stone Age e integrando projetos como o dos Them Crooked Vultures.

Casado desde 2003 com a produtora Jordyn Blum, Grohl é pai de três raparigas (Violet Maye, Harper Willow e Ophelia Saint) e apresentou a autobiografia, traduzida para mais de duas dezenas de países, como uma coleção de memórias com relevo para aquilo que viveu desde a aposta exclusiva na música aos 18 anos até à atualidade.

Grohl admite que a escrita do livro se transformou numa ocupação quando a pandemia bloqueou uma digressão mundial para a qual os Foo Fighters estavam prontos a partir em 2020. Mas, de início, nem sequer existia projeto de livro, uma vez que os primeiros passos foram no Instagram com aquilo a que o músico chama "Dave's Stories", tendo por base uma lista inicial de cerca de quatro dezenas de histórias que tinha intenções de contar. Além disso, o facto de o pai ter sido escritor e de a mãe também estar envolvida nessa área, como especialista em escrita criativa, acabou por ser algo de inspirador para Grohl. E também reconhece que os momentos mais delicados, e por isso decidiu deixá-los para escrever em último lugar, referem-se a perdas - do seu melhor amigo, de Kurt Cobain, do pai.


MARCADOR


A autobiografia de Dave Grohl está traduzida para mais de duas dezenas de países.

Duarte Baião começou por ser referido aqui a 18 de maio de 2020 quando li a crónica que abre precisamente o seu livro de estreia e tem por título "Não Sei se Sabes ao que me Sabes". Mais tarde, ele próprio nos mostrou como era excelente "ouver" a sua leitura de um poema inesquecível de Pablo Neruda: o Poema 14, inserido na obra "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada". E pude contar com diversas vozes a lerem diferentes crónicas do seu livro, incluindo o próprio autor.

Entretanto, a sua coleção de crónicas resultou num manuscrito com mais de uma centena de páginas e só faltava uma editora para que se transformasse num livro que terá leituras ávidas. Desde 5 de junho de 2021, esse livro está à venda - chama-se "Crónicas do Desassossego", escrever o prefácio foi uma honra, estar ao lado do Duarte Baião na apresentação do seu primeiro livro um privilégio que não esquecerei. Que venham o segundo, o terceiro, o quarto e assim sucessivamente...

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