A leitura que Alexandra Jacob propõe hoje, o seu "Passeio de Trem: Uma História de Amor", faz parte do livro "Mulherio das Letras - Portugal poesia", editado em 2019 e com curadoria de Adriana Mayrinck.
O coletivo Mulherio das Letras, que aposta na afirmação da igualdade também no universo do mercado de edição, é constituído por sete mil mulheres escritoras, investigadoras, editoras, ilustradoras, livreiras, entre outras, cuja missão é divulgar e dimensionar devidamente o trabalho literário das mulheres. Uma das pioneiras do movimento é a escritora Maria Valéria Rezende, vencedora do Prémio Jabuti e inconformada com as diferentes formas de exclusão e desigualdade que atingem as mulheres também no mundo da escrita. Desde 2017 em ação com início numa página do Facebook, o movimento engloba uma série de grupos e de encontros não apenas no Brasil, mas à escala internacional, tendo estendido a sua influência não só na América Latina, mas também aos Estados Unidos e Europa. O primeiro encontro decorreu entre os dias 12 e 15 de outubro de 2017 em João Pessoa, cidade brasileira que é capital do Estado da Paraíba, tendo participado meio milhar de mulheres. A escritora Maria Firmina dos Reis, uma das primeiras romancistas negras do Brasil, foi a homenageada nessa oportunidade, seguindo-se Patrícia Galvão (Pagu), figura central do Modernismo, na reunião do início de novembro de 2018 em Guarujá, no Estado de São Paulo. Nesses dois anos, Paris e Perúgia foram as cidades europeias que também organizaram encontros associados ao movimento. Em 2019, o cenário do encontro brasileiro no começo de novembro foi a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, com homenagem à escritora e educadora Nísia Floresta, enquanto Lisboa era o palco europeu (no mês de maio de 2020 deveria ter havido nova edição, mas a pandemia inviabilizou a reunião).
Curadoria de Adriana Mayrinck/Edição In-finita
Os encontros do coletivo Mulherio das Letras já produziram cerca de duas dezenas de obras variadas, entre coletâneas de prosa, poesia, contos, crónicas, literatura infantil e outras.
Esta é a quinta participação da escritora Alexandra Jacob aqui no blog, quarta vez
Alexandra Jacob tem participação regular aqui no blog, não apenas a ler alguns dos seus trabalhos, mas também com leituras de excertos de obras publicadas por diferentes autores. Estreou-se a 28 de julho de 2020 com a leitura de "Minha Mão-Flor", poema que está integrado na antologia de mulheres poetas "Elas, As Mãos, O Infinito", um projeto ligado ao movimento Mulherio das Letras, grupo com mais de sete mil escritoras, ilustradoras, editoras, livreiras, investigadoras, entre outras. Seguiu-se "Desde Então", também publicado na referida antologia, e que Alexandra Jacob apresentou aqui a 3 de setembro. No dia 19 foi a vez do seu poema "O Lugar Onde o Peixe Pára", espécie de homenagem à Piracicaba natal. e tem voltado noutras ocasiões, inclusive a ler Florbela Espanca ou Mário Quintana, por exemplo.
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