O multipremiado autor irlandês John Banville, que recebeu o Man Booker Prize em 2005 por "O Mar", e um excerto de "Fantasmas", o livro que publicou em 1993, são as propostas de hoje.
Nascido em Wexford, na Irlanda, a 8 de dezembro de 1945, estudou no St. Peter's College local e iria tornar-se jornalista, começando a trabalhar no Irish Press, onde desenvolveu a sua atividade entre 1969 e 1983. Seguiu-se o Irish Times, publicação para a qual começou a trabalhar em 1986 e, entre 88 e 99, desempenhou a tarefa de editor literário. A escrita literária interessou-lhe desde a juventude, publicando o primeiro livro de ficção com os nove contos que receberam o título de "Long Lankin" (1970). Os romances "Nightspawn" (1971) e "Birchwood" (1973) foram os passos seguintes, mas estavam perto livros que lhe dariam maior visibilidade: "Doutor Copérnico" (1976) e "Kepler" (1981). De 1982 é "The Newton Letter: An Interlude", tendo decorrido quatro anos até à publicação de "Mefisto".
Com "The Book of Evidence" (1989), Banville começa uma trilogia dedicada à personagem Freddie Montgomery que se prolonga através de "Fantasmas" (1993, de que aqui se apresenta um excerto) e "Athena" (1995). "O Intocável" é de 1997, seguindo-se "Eclipse" (2000) e "Shroud" (2002), sequela do anterior. Seguiu-se o livro de viagens "Imagens de Praga" (2003) e, com "O Mar" (2005), John Banville recebe o Man Booker Prize, um ano antes de publicar "O Impostor" e quatro a anteceder a apresentação da obra "Os Infinitos". O autor recorre mais tarde a personagens que já surgiam em "Eclipse" e "Shroud" para construir "Luz Antiga" (2012), no qual um idoso tenta ultrapassar o suicídio da filha através de recordações do seu primeiro amor. "A Guitarra Azul" (2015) conta a história de um pintor e ladrão que se envolve em dificuldades depois de um caso de infidelidade com a melhor amiga da mulher, "Retalhos do Tempo" (2017) é um mergulho alternado entre a Dublin da sua juventude e a atual, enquanto "Mrs. Osmond" (também de 2017) proporciona uma continuação do livro "Retrato de uma Senhora", que Henry James publicou em 1881.
Publicações Dom Quixote/Tradução de Artur Ramos
Entre os diversos galardões que recebeu, Banville foi distinguido em 2014 com o Prémio Príncipe das Astúrias.
Banville também recorre ao pseudónimo Benjamin Black para assinar uma série de livros policiais com um patologista da Dublin dos anos 50 no epicentro da ação. "Christine Falls" (2006), "The Silver Swan" (2007), "Elegy for April" (2010), "A Death in Summer" (2011), "Vengeance" (2012), "Holy Orders" (2013), and "Even the Dead" (2015) são a expressão dessa faceta. Mas Benjamin Black assina ainda "The Black-Eyed Blonde" (2014), em que a personagem principal é o detetive privado Philip Marlowe, criado por Raymond Chandler. Outra história de crime com a chancela de Black é "Wolf on a String" (2017). Três anos mais tarde, então já com o nome de John Banville na capa, surgiu "Snow" (2020), outra história de crime que tem a particularidade de apresentar o detetive irlandês St. John Strafford. É possível saber mais sobre o escritor no seu site que pode ser consultado aqui.
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