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  • Paulo Jorge Pereira

Fernando Soares lê "Sombra Silêncio", de Carlos Poças Falcão

Fernando Soares participa aqui no blog pela terceira vez e propõe poesia com o livro "Sombra Silêncio", escrito por Carlos Poças Falcão.



Nascido em Guimarães (1951), Carlos Poças Falcão começou por conduzir o seu interesse profissional num outro sentido, uma vez que se licenciou em Direito na Universidade de Coimbra, chegando a praticar como advogado e exercendo até 1985. Porém, alguns anos mais tarde, a dedicação divergiu dessa área e dirigiu-se quer a ser professor do ensino secundário (Direito, Economia, Sociologia), quer ao ofício da escrita. Em 1987 apresentou o primeiro livro, "O Número Perfeito", e iria associar o seu nome a diferentes presenças na imprensa. Nada que não se adivinhasse, uma vez que, conforme contou à Rádio Santiago em entrevista, "ainda numa primeira adolescência tinha inclinação e vontade e quase que direi já necessidade de escrever". Assim, no Liceu de Guimarães, graças ao jornal Alvorecer, o então aluno de 11.º/12.º anos foi "um colaborador assíduo com textos de toda a ordem, mas também já muita poesia". Quando aconteceu a Revolução do 25 de Abril terminava o curso, num ambiente de "grande politização" e, quando começou a dar aulas, retomou a poesia, chegando a ser fundador e diretor do semanário "O Povo de Guimarães", além de escrever reportagens e opinião. Em 1984 escreveu um texto poético em que, segundo recorda, lhe permitiu descobrir uma "voz própria" e viu "aí um caminho".

Seguiram-se outras obras como "O Invisível Simples" (1988), "Rotações" (que é de 1991 e teve participação de António Ramos Rosa e Agripina Costa Marques), "Três Ritos" (1993), "Movimento e Repouso" (1994). De 1998 é a publicação de "Sinais", edição bilingue em português e finlandês com fotos de Markku Niemenlehto, antes de obras como "A Nuvem" (2000), "Coração Alcantilado" (2007) e "Arte Nenhuma" (2012). Poças Falcão vê-se como alguém "disciplinado, mas, ao mesmo tempo, com grande leveza", pois não gosta de escrever por obrigação.

Opera Omnia


A poesia tem sido a principal área de escrita em que se movimenta a criatividade de Carlos Poças Falcão.

Com uma voz poderosa e enorme experiência, o ator, escritor, encenador e diseur Fernando Soares continua a hipnotizar audiências e a promover a leitura como poucos. Ao longo de um percurso no universo artístico e da interpretação, Fernando Soares teve oportunidade para mostrar os seus múltiplos talentos em diferentes registos. Entre os anos 60 e 90 do século passado entrou em filmes como "A Cana de Pesca", "A Viagem do Senhor Perrichon", "Henrique IV", "Fragmentos de um Filme-Esmola: A Sagrada Família", "Cântico Final", "Tá Mar", "O Amigo de Peniche", "Rosa Enjeitada" ou "O Diabo Desceu à Vila". Mas o seu talento também pôde ser visto em séries, telenovelas ou programas televisivos como "Retalhos da Vida de um Médico", "Eu Show Nico", "Vila Faia", "Gente Fina É Outra Coisa", "Tragédia da Rua das Flores", "A Morgadinha dos Canaviais", "Napoleão Meu Amor", "O Morgado de Fafe em Lisboa", "O Café do Ambriz", "A Árvore", "Terra Instável" ou "Nico d'Obra".

Tendo passado por áreas como jornalismo e formação no âmbito das artes performativas, Fernando Soares não deixa de se associar a iniciativas culturais de cariz social (estabelecimentos prisionais, universidades sénior e unidades de ensino de todos os ciclos). Texto, direção e interpretação também lhe pertenceram no Dia Mundial do Teatro, em 2018, quando atuou na Casa da Cultura do Município de Paredes com a peça “O Semeador de Palavras”. E continua a alimentar participações distribuídas por diferentes fóruns. Porque todos temos de saber aprender e ouvir cada sílaba pronunciada por Fernando Soares é um ato de aprendizagem.

Aqui no blog estreara-se a 20 de março no Especial Alice Vieira Faz Anos com a leitura do poema "São Um Perigo As Palavras". No passado dia 27 regressou com a leitura de um excerto de um livro de crónicas de José Saramago, "Deste Mundo e do Outro".

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