Primeiro romance de uma autoridade em áreas como a semiótica ou a filosofia da linguagem, "O Nome da Rosa", de Umberto Eco, foi publicado em 1980 e, seis anos mais tarde, adaptado ao cinema.
Umberto Eco nasceu em Alessandria, a 5 de janeiro de 1932. Sempre dedicado aos estudos, depois da sua formação superior iria tornar-se uma autoridade em campos como a semiótica, estética, filosofia da linguagem, sociologia da cultura, teoria da literatura e da arte, áreas em que ganhou evidência como ensaísta. Docente de Semiótica na Universidade de Bolonha, onde também foi diretor, também ensinou em Yale, Columbia, Harvard, no Collège de France e na Universidade de Toronto. Desenvolveu interesse profundo pela época medieval e esse olhar especial teria reflexos óbvios no seu trabalho literário. Mas os primeiros passos, ainda enquanto ensaísta, também o levaram a interessar-se por análises críticas à cultura de massas e a teorias como a de Marshall McLuhan, escrevendo sobre o assunto em "Apocalípticos e Integrados" (1964). Nessa altura já tinha publicado, por exemplo, "O Problema Estético em São Tomás" (1956) e "Obra Aberta" (1962) e, depois daquela obra, apresentou "La Struttura Assente" (1968).
A partir da década de 70, passa a concentrar a sua atenção de estudioso na semiótica ao mesmo tempo que conquista espaço mediático como colunista nos jornais Espresso e Repubblica. Publica "Le Forme del Contenuto" (1971), "Trattato di Semiotica Generale" (1975), "Lector in Fabula" (1979), "Semiotica e Filosofia del Linguaggio" (1984).
É já um nome respeitado à escala mundial quando se aventura na escrita de romances com forte cunho das suas áreas científica. "O Nome da Rosa", publicado em 1980, foi adaptado ao cinema em 1986, num filme de Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery, Christian Slater, Ron Perlman, Michael Lonsdale e Valentina Vargas. Eco publicou, depois disso, "O Pêndulo de Foucault" (1988), "L'Isola del Giorno Prima" (1994) e "Baudolino" (2000). Mas não desistiu da sua vertente ensaística conforme o comprovam obras como "I Limiti dell'Interpretazione" (1990), "Sei Passeggiate nei Boschi Narrativi" (1994) ou "Tra Menzongna e Ironia" (1998).
Público (Coleção Mil Folhas)/Tradução de Maria Celeste Pinto
Vítima de cancro no pâncreas, Umberto Eco morreu em Milão, a 19 de fevereiro de 2016 com 84 anos.
Quem estiver interessado em descobrir os textos de cariz jornalístico assinados por Umberto Eco pode encontrá-los em "Diario Minimo" (1963), "Il Secondo Diario Minimo" (1990) e "La Bustina di Minerva" (2000).
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