E se conhecer os Estados Unidos, na sua diversidade e nas suas semelhanças entre os 50 Estados, fosse afinal uma viagem pelo universo de obras e autores diferentes? Esse foi o projeto que Isabel Lucas concretizou com "Viagem ao Sonho Americano": um livro de livros? Sim, mas muito mais do que isso.
Pode estar a falar de "Moby Dick" e Herman Melville ou de obras escritas por Philip Roth, Saul Bellow e tantos outros, mas nunca é apenas disso que está a falar. Na obra "Viagem ao Sonho Americano", resultado de uma viagem pelos Estados Unidos realizada em 2016 e concretizada no papel em 2017, Isabel Lucas escreve sobre uma realidade feita de inúmeras cores, de milhões de pessoas e paisagens diferentes, de mentes e corações que nos escapam de cada vez que nos convencemos de que conhecemos os Estados Unidos.
Num contexto em que Joe Biden acaba de ser eleito para o cargo de Presidente e o ocupante da Casa Branca se obstina em reconhecer a derrota, ler ou voltar a ler os textos e as impressões recolhidas por Isabel Lucas é essencial para compreender mentalidades, comportamentos e culturas que coexistem. Para saber mais sobre um país de países, nada melhor do que um livro de livros.
Jornalista e crítica literária, Isabel Lucas estudou e licenciou-se na Universidade Nova. O seu percurso jornalístico fez-se de passagens pelos ecrãs das televisões, mas também por jornais e revistas. Depois de sair do Diário Económico, em 2012, passou a ser freelancer, surgindo os seus trabalhos de reportagem, entrevista ou análise muitas vezes nas páginas do diário Público ou na revista Ler, entre outras publicações. Em 2013 escreveu "Vicente Jorge Silva - Conversas com Isabel Lucas".
Curadora do Prémio Oceanos de Língua Portuguesa, tem disseminado a sua escrita em coautoria de obras nos domínios da literatura, teatro, artes plásticas, dança, entre outras.
Companhia das Letras
Para saber mais sobre um país de países, nada melhor do que um livro de livros - "Viagem ao Sonho Americano" é isso e muito mais.
Conheço a Isabel desde os tempos em que fomos da mesma turma na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa. Cada qual seguiu o seu caminho no Jornalismo e, até 2010, fui acompanhando à distância a qualidade do seu trabalho. Nesse ano, reencontrámo-nos na redação do Diário Económico, cada qual com as suas funções e nas respetivas áreas, mas só tivemos a possibilidade de conviver durante cerca de dois anos. A partir daí, a Isabel continuou a voar em liberdade como deveria acontecer sempre com um espírito criativo como o seu. E tem sido um prazer voltar a vê-la em ação nas mais variadas iniciativas ligadas ao Livro e à Cultura. Ler o que escreve e como escreve é sempre um exercício de fascinante aprendizagem.
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