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Paulo Jorge Pereira

"Manifesto pela Leitura", de Irene Vallejo

A autora do livro "O Infinito num Junco", Irene Vallejo, está de regresso aqui ao blog, agora com "Manifesto pela Leitura", distribuído aos visitantes na Feira do Livro de 2021 em Lisboa como parte da iniciativa "Ler É Essencial", da editora Bertrand.



Nascida em Saragoça (1979), Irene Vallejo iria licenciar-se em Filologia Clássica na Universidade local e, mais tarde, acrescentar outra parte da formação superior em Florença. A estreia literária remonta a 2011 quando publicou "La Luz Sepultada", centrada na Guerra Civil espanhola, não mais parando desde então. "El Silbido del Arquero" (2015) foi o romance seguinte, mas, pelo meio, em 2014, dedicou atenção à literatura infantil com "El Inventor de Viajes", cujas ilustrações ficaram a cargo de José Luis Cano. No mesmo ano do seu segundo romance voltou à área da escrita para os mais jovens e publicou "La Leyenda de las Mareas Mansas", numa iniciativa em que estabeleceu parceria com a pintora Lina Vila.

Colunista em jornais como El País ou El Heraldo de Aragón, reuniu em livros as suas crónicas, editando "El Pasado que te Espera" (2010) e "Alguien Habló de Nosotros" (2017). Vallejo é uma autoridade nos temas da Antiguidade Clássica e, quando publicou "El Silbido del Arquero", em 2015, numa entrevista ao jornal El Heraldo de Aragón, deixou respostas que são todo um programa na base da sua forma de fazer literatura: "Entendo a escrita como uma viagem com escalas em épocas distintas que despertam a minha curiosidade. Um livro pode cumprir o sonho impossível da máquina do tempo."

O livro "Manifesto pela Leitura", de que aqui se lê um excerto, nasceu de um pedido da chamada Federación de Gremios de Editores de España, no sentido de que se registasse apoio ao Pacto de Estado pela leitura e pelo livro. Vallejo cumpriu e a obra é, de facto, a defesa intransigente da importância de livros e leituras. Um pequeno livro que a escritora torna tão grande que nele tudo de essencial está contido. E que já esteve aqui presente em momentos diferentes.


Bertrand Editora/Tradução de Rita Custódio e Àlex Tarradellas


"Os livros recordam-nos, serenos e sempre dispostos a abrir-se perante os nossos olhos, que a saúde das palavras está enraizada nas editoras, nas livrarias, nos clubes de leituras partilhadas, nas bibliotecas, nas escolas. É aí que imaginamos o futuro que nos une", escreve Vallejo no "Manifesto pela Leitura".

Mas o enorme sucesso surgiria com outra obra, um livro extraordinário, que soma já mais de duas dezenas de edições em Espanha, além de traduções para muitos idiomas: assim é, em síntese, "O Infinito num Junco", que aqui foi apresentado a 15 de fevereiro, Dia Mundial da Leitura em Voz Alta, por Sara Loureiro. A obra é resultado da paixão que a escritora espanhola Irene Vallejo Moreu alimentou desde muito jovem por mitologia greco-romana. Uma história não apenas do nascimento do livro, mas das suas múltiplas expressões ao longo dos séculos e, em simultâneo, uma obra com viagens pelos mais variados espaços, pelas mais diferentes personagens, pela palavra como forma superior de estabelecer pontes entre o passado e o presente num ciclo de aprendizagens que é interminável.

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