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  • Paulo Jorge Pereira

Sandra Escudeiro lê "Canção na Massa do Sangue", de Jacques Prévert

É à coletânea de poesia de Jacques Prévert intitulada "Palavras" que Sandra Escudeiro vai buscar "Canção na Massa do Sangue", cuja leitura propõe para hoje. Além de poeta, Prévert escreveu também inúmeros argumentos para cinema.



Uma escrita marcada pelo humor, a ironia, uma habilidade e um talento inigualáveis para brincar com as palavras são características que identificam os trabalhos de Jacques Prévert. Nascido a 4 de fevereiro de 1900 em França, Prévert iria receber as influências dos pais - ele, André Prévert, crítico de teatro; ela, Suzanne Catusse, sempre empenhada em que o filho se apaixonasse pelos estudos e pelos livros - antes de dedicar-se à poesia e conquistar reconhecimento à escala internacional com a coletânea "Palavras" (1946), da qual se retira a leitura de hoje: "Canção na Massa do Sangue". Muito antes, em 1925, ao lado de nomes como Marcel Duhamel, Yves Tanguy ou Raymond Queneau, esteve associado ao movimento surrealista.

Mas o seu êxito não ficou apenas ligado à poesia, uma vez que o autor escreveu muito para a 7ª Arte, sobretudo para realizadores como Jean Renoir e Marcel Carné, e também teatro. Parte do seu sucesso está ainda associada à música, destacando-se o poema "Feuilles Mortes", musicado por Joseph Kosma e tornado célebre pela interpretação do ator Yves Montand.

Vítima de cancro num pulmão, Jacques Prévert morreria a 11 de abril de 1977.


Tradução de Manuela Torres/Sextante Editora


A obra de Prévert exerceu influência sobre outros autores e Lawrence Ferlinghetti, poeta, pintor e editor da "beat generation" nascido em Nova Iorque no ano de 1919, é apenas um exemplo.

Sandra Escudeiro participa pela terceira vez aqui no blog. Desta vez, a música também a acompanha graças a "um projeto de uns amigos, que são os Ushuaia, constituído pelo duo Pedro e Pedro, no qual exploram várias sonoridades ligadas ao jazz, música erudita, rock e eletrónica, sempre tendo como base a liberdade criativa". Sandra começou por participar com leitura através do poema "A Espantosa Realidade das Coisas", de Alberto Caeiro, a 15 de junho, regressando com Álvaro Magalhães e "O Limpa-Palavras", a 26 desse mês.

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