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  • Paulo Jorge Pereira

Teresa Guerreiro lê "Havia", de Joana Bértholo

Updated: Dec 23, 2022

De volta às leituras aqui no blog, a Professora Teresa Guerreiro escolhe para hoje a proposta de um excerto da obra "Havia", cuja autora é Joana Bértholo, uma das vozes mais interessantes da literatura portuguesa contemporânea.



Joana Bértholo tem desenvolvido a sua atividade literária em diferentes vertentes, incluindo romances, contos, ensaios, a escrita para os mais jovens ou a dramaturgia. Nascida a 21 de junho de 1982, a primeira vez que se evidenciou foi ao ganhar um prémio SOS Racismo para a Banda Desenhada "Ausência de Cor", algo que se registou em 1999. No ano seguinte voltaria a ser distinguida, então pelo Comité Olímpico com o seu ensaio "O Movimento Olímpico". Quando se estreou no romance, em 2009, publicando "Diálogos para o Fim do Mundo", a autora também foi premiada pelo seu trabalho, algo que despertou ainda mais atenções para a sua obra.

A autora publicou, entre outros, o já referido "Diálogos Para o Fim do Mundo" (2009); "Havia - Histórias de Coisas que Havia e de Outras que Vai Havendo (2012), de que aqui se apresenta hoje um trecho; "O Lago Avesso - uma Hipótese Biográfica" (2013); "Inventário do Pó" (2015); "O Museu do Pensamento" (2017) ou "Ecologia" (2018).

Entretanto, a 18 de novembro, em conversa com Inês Fonseca Santos no programa Todas as Palavras, da RTP, a autora falou sobre o seu livro mais recente, intitulado "A História de Roma": "Contar uma história é também, necessariamente, um exercício de medição - o que é que se conta, o que é que não se conta, do que nos lembramos, o que é que ampliamos, a que é que damos importância". E acrescenta: "Dou, no livro, o lado bom, o elogio da geração mais globalizada que viajou para muitos lugares e conheceu muitas culturas e o lado rico disso é evidente. Claro que, depois, há fenómenos de falta de enriazamento, de não se saber bem de onde é que se é, e também de uma homogeneização das coisas: já sabemos que, agora, as capitais parecem todas a mesma capital."


Editorial Caminho


"Roma" é o título do mais recente livro da autora que nasceu em Lisboa no ano de 1982.

A Professora Teresa Guerreiro regressa a este espaço depois do exemplo do projeto "Leituras contra a Pandemia" que aqui deixou no Especial Centenário de José Saramago, a 16 de novembro.

Como se explica no arquivo dedicado ao referido plano, trata-se de um conjunto de "histórias e poemas lidos e ditos por alunos, professores, pais/encarregados de educação, escritores e amigos das bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas n.º 3 de Elvas durante os confinamentos devido à pandemia de covid-19 (2019/20 e 2020/21)".

Segundo refere a própria Professora Teresa Guerreiro, "os projetos nasceram da necessidade de, em contexto de pandemia e confinamento, levar até à comunidade escolar textos, prosa e poemas, literários, como forma de vencer a tristeza e o afastamento". E descreve as fases diferentes: "Teve dois momentos: o primeiro, 'Histórias contra a pandemia'; e o segundo, 'Um Poema por Dia para Combater a Pandemia'. Além das minhas leituras, participaram alunos, professores, encarregados de educação, amigos e alguns escritores, no segundo momento. O Ministro da Educação, João Costa, também participou."

A primeira leitura deste projeto apresentada no blog pertenceu a Cláudia Marçal e foi divulgada no passado dia 1 de novembro - "Então, Queres ser Escritor?", de Charles Bukowski. Uma outra leitura de Cláudia Marçal também já por aqui passou a 26 de novembro: "Erva Daninha", de Jorge de Sousa Braga.

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