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Paulo Jorge Pereira

Fernando Soares lê "A Palavra", de Charles Bukowski

A poesia de Charles Bukowski, com o exemplo do texto "A Palavra", é a proposta que hoje nos deixa Fernando Soares. Bukowski, que aqui volta num excerto já apresentado, já aqui fora tema a 15 de abril de 2020, então com um excerto de "Mulheres".



Alvo de abusos físicos e psicológicos por parte do pai, iria dedicar-se a uma vida marcada pela transgressão, sem emprego regular, sob os vapores do álcool e como frequentador da marginalidade californiana. Nascido em 1920, na Alemanha, morreria em San Pedro, perto de Los Angeles, no ano de 1994, vítima de leucemia.

Desejo e sexo desbragados, frequentes estados de embriaguez e nos antípodas do politicamente correto, muitas vezes em atitudes de obecada misoginia - assim se posiciona Bukowski ao longo de uma obra entre contos, poesia e romance. Henry Chinaski, seu alter ego que aparece em várias obras, é uma vez mais protagonista em "Mulheres", de 1978, que aqui foi tema na leitura que apresentei há mais de dois anos, a 15 de abril de 2020.

Era ainda uma criança quando foi viver com os pais para os Estados Unidos. Apesar de se iniciar na escrita ainda jovem, acabaria expulso de casa. Passou pelo Jornalismo, mas os excessos alcoólicos não lhe permitiram fixar-se. Aos 24 anos publicou o primeiro conto. Tem mais de 40 obras e, quando morreu, aos 73 anos, acabara de escrever o último romance: "Pulp".



Publicou o primeiro conto com apenas 24 anos e escreveria cerca de quatro dezenas de obras, morrendo aos 73 anos.

Com uma voz poderosa e enorme experiência, o ator, escritor, encenador e diseur Fernando Soares continua a hipnotizar audiências e a promover a leitura como poucos com experiências diversificadas enquanto ator, em cinema, televisão, teatro, poesia, mas também com trabalho como encenador em contexto prisional, associativo, sénior, e nos projetos teatrais e de poesia em todos os graus de ensino. É, também, autor, professor e formador. Aqui no blog estreou-se a 20 de março de 2021 no Especial Alice Vieira Faz Anos com a leitura do poema "São Um Perigo As Palavras". A 27 de abril regressou com a leitura de um excerto de um livro de crónicas de José Saramago, "Deste Mundo e do Outro". No 1.º de Maio, Fernando Soares apresentou um trecho da obra "Sombra Silêncio", escrito por Carlos Poças Falcão. Três dias depois apresentou uma leitura cujo autor preferiu não identificar. No dia 10 trouxe o trabalho literário de Nelson Ferraz. A 12 foi a vez de apresentar Joaquim Pessoa com "Dos Pássaros e dos Homens". No dia 15 trouxe-nos "A Espantosa Realidade das Coisas", poema de Alberto Caeiro, um dos heterónimos pessoanos. Voltou a 21 de maio com "Os Macacos", de Jacques Brel. A 29 de maio brindou-nos com "Uma Pequenina Luz", de Jorge de Sena. No passado dia 2 apresentou "Palavras, Paroles", de Jacques Prévert. A 8 de junho leu o poema "A Lesson in Drawing", de Nizar Qabbani, e no dia 19 apreentou "Em Defesa dos Poetas", de Niels Hav.


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