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  • Paulo Jorge Pereira

Teresa Guerreiro lê "Para Fazer o Retrato de Um Pássaro", de Jacques Prévert


"Para Fazer o Retrato de Um Pássaro" e Jacques Prévert são os alvos de hoje na leitura da Professora Teresa Guerreiro, em mais um exemplo do projeto "Leituras contra a Pandemia".



Uma escrita marcada pelo humor, a ironia, uma habilidade e um talento inigualáveis para brincar com as palavras são características que identificam os trabalhos de Jacques Prévert. Nascido a 4 de fevereiro de 1900 em França, Prévert iria receber as influências dos pais - ele, André Prévert, crítico de teatro; ela, Suzanne Catusse, sempre empenhada em que o filho se apaixonasse pelos estudos e pelos livros - antes de dedicar-se à poesia e conquistar reconhecimento à escala internacional com a coletânea "Palavras" (1946), da qual se retira a leitura de hoje: "Canção na Massa do Sangue". Muito antes, em 1925, ao lado de nomes como Marcel Duhamel, Yves Tanguy ou Raymond Queneau, esteve associado ao movimento surrealista.

Mas o seu êxito não ficou apenas ligado à poesia, uma vez que o autor escreveu muito para a 7ª Arte, sobretudo para realizadores como Jean Renoir e Marcel Carné, e também teatro. Parte do seu sucesso está ainda associada à música, destacando-se o poema "Feuilles Mortes", musicado por Joseph Kosma e tornado célebre pela interpretação do ator Yves Montand.

Vítima de cancro num pulmão, Jacques Prévert morreria a 11 de abril de 1977.

A 30 de julho de 2020, Sandra Escudeiro trouxe aqui pela primeira vez a obra de Prévert, então apresentando "Canção na Massa do Sangue". Fernando Soares, com a edição bilingue "Palavras, Paroles", deixou o segundo exemplo a 2 de junho de 2021. A 29 de novembro de 2022, Armando Liguori Junior leu "O Gato e o Pássaro".


Faktoria K de Livros/Tradução de Ana Maria Noronha


Prévert escreveu muito para Cinema e música.

A Professora Teresa Guerreiro regressa a este espaço depois do exemplo do projeto "Leituras contra a Pandemia" que aqui deixou no Especial Centenário de José Saramago, a 16 de novembro, da leitura do passado dia 2, sob o título "Havia", de Joana Bértholo, mas também do poema "E Ao Anoitecer", de Al Berto, aqui lido no dia 11, do poema "A Verdadeira Mão", de Ana Hatherly, apresentado a 20, e ainda de "Complexos", de Nuno Júdice.

Como se explica no arquivo dedicado ao referido plano, trata-se de um conjunto de "histórias e poemas lidos e ditos por alunos, professores, pais/encarregados de educação, escritores e amigos das bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas n.º 3 de Elvas durante os confinamentos devido à pandemia de covid-19 (2019/20 e 2020/21)".

Segundo refere a própria Professora Teresa Guerreiro, "os projetos nasceram da necessidade de, em contexto de pandemia e confinamento, levar até à comunidade escolar textos, prosa e poemas, literários, como forma de vencer a tristeza e o afastamento". E descreve as fases diferentes: "Teve dois momentos: o primeiro, 'Histórias contra a pandemia'; e o segundo, 'Um Poema por Dia para Combater a Pandemia'. Além das minhas leituras, participaram alunos, professores, encarregados de educação, amigos e alguns escritores, no segundo momento. O Ministro da Educação, João Costa, também participou."

A primeira leitura deste projeto apresentada no blog pertenceu a Cláudia Marçal e foi divulgada no passado dia 1 de novembro - "Então, Queres ser Escritor?", de Charles Bukowski. Uma outra leitura de Cláudia Marçal também já por aqui passou a 26 de novembro: "Erva Daninha", de Jorge de Sousa Braga.

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