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Paulo Jorge Pereira

Amílcar Mendes lê "Crimes Exemplares", de Max Aub


De volta às leituras por aqui, Amílcar Mendes seleciona "Um Crime", inserido na obra "Crimes Exemplares", de Max Aub, como proposta de leitura para hoje.



De ascendência judaica, resultado da ligação entre uma francesa e um alemão, Max Aub Mohrenwitz nasceu em Paris, a 2 de junho de 1903. Mas, ainda criança, foi forçado a escapar-se de território francês com os pais, instalando-se a família em Espanha após o começo da I Guerra Mundial. Só que as perseguições e a necessidade de exílio ainda não estavam acabadas - depois da derrota dos republicanos perante as forças franquistas que levaram à ditadura de Francisco Franco, nova fuga, em 1942, para um ponto muito mais distante e agora para sempre: México.

Em solo mexicano, Max Aub pôde, então, a partir dos anos 30, dedicar-se à escrita, em especial de teatro e romances, mas também de contos, ensaios e até biografias. Entre as inúmeras obras publicadas, como aquela que hoje aqui é apresentada por Amílcar Mendes e foi editada em 1957, destaque para "El Laberinto Mágico", reunião de romances diferentes com as marcas da Guerra Civil Espanhola bem evidenciadas: "Campo Cerrado" (1943), "Campo de Sangre" (1945), "Campo Abierto" (1951), "Campo del Moro" (1963), "Campo Francés" (1965) e "Campo de los Almendros" (1968).

Escreveu também "Luis Álvarez Petreña" (1934, com novas dimensões reeditado em 1965 e 1971), "Las Buenas Intenciones" (1954), "Jusep Torres Campalans" (1958), "La Calle de Valverde" (1961) e "Juego de Cartas" (1964).

Morreu na capital mexicana, a 22 de julho de 1972.


Antígona/Tradução de Jorge Lima Alves e Antígona


Sobre Max Aub escreveu Juan María Calles que era "espanhol por decisão e exilado por destino".

Amílcar Mendes, ator e "dizedor de poesia", que também foi coordenador das noites de Poesia do Pinguim Café e do Púcaros Bar, no Porto, deixa-nos uma leitura diferente. A sua estreia aqui no blog registou-se a 5 de junho do ano passado com um excerto de "Gin sem Tónica, mas Também", de Mário-Henrique Leiria. Do dia 3 de julho é a leitura de "Poemas de Ponta & Mola", de Mendes de Carvalho, seguindo-se "Poema do Gato", de António Gedeão, a 7 de julho; "Funeral", de Dinis Moura, a 14 de julho; a 24 desse mês, a escolha recaiu em "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade; voltou à aposta em António Gedeão com "Trovas para Serem Vendidas na Travessa de São Domingos" a 6 de agosto; a 10 de setembro, o poema "Árvore", de Manoel de Barros, foi a proposta. "Socorro", de Millôr Fernandes, foi a escolha de dia 11 de outubro e, a 29, foi apresentado "História do Homem que Perdeu a Alma num Café", de Rui Manuel Amaral. A 7 de novembro, Amílcar Mendes trouxe "A História é uma História", de Millôr Fernandes. "Aproveita o Dia", de Walt Whitman, foi a proposta a 27 de novembro. No dia 15 do mês seguinte, Amílcar Mendes leu "A Princesa de Braços Cruzados" , de Adília Lopes. A 19 surgiu "A Morte do Pai Natal", de Rui Souza Coelho. Quase um mês depois, a 17 de janeiro, apresentou "Uma Faca nos Dentes", de António José Forte. A 8 de fevereiro leu o poema "Não Cantes", de Al Berto. No dia 20, apresentou "Ano Comum", de Joaquim Pessoa. Uma semana mais tarde, a proposta centrou-se em dois textos de Mário-Henrique Leiria. A 17 de março propôs "Breves Respostas às Grandes Perguntas", de Stephen Hawking; a 15 de abril a sugestão centrou-se no poema "Se Um Dia a Juventude Voltasse", de Al Berto. "Turris Eburnea", de Inês Lourenço, foi a proposta de 27 de abril. A 25 de maio, a proposta recaiu em "O Dia a Dia de um Músico", com a marca de Erik Satie. No dia 2 de junho, trouxe-nos "Uma Pequenina Luz", de Jorge de Sena. No Especial dedicado ao 10 de junho, Amílcar Mendes selecionou "Portugal", um poema de Jorge de Sousa Braga.

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