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Paulo Jorge Pereira

Agostinho Costa Sousa lê "Histórias de Livros Perdidos", de Giorgio van Straten

Nascido em Florença no ano de 1955, Giorgio van Straten e a sua obra "Histórias de Livros Perdidos" são as sugestões de hoje, apresentadas por Agostinho Costa Sousa.



Autor multipremiado, diretor do Instituto Italiano de Cultura em Nova Iorque e da revista Nuovi Argomenti (2015-2019), que Alberto Moravia criou durante a década de 50, Giorgio van Straten nasceu em Florença no ano de 1955. A estreia literária iria registar-se em 1987 com o livro "Generazione", mas o italiano não se limitou aos romances, também se dedicou à tradução e a escrever ensaios. Mais: escreveu inclusive com destino a teatro musical - dirigira a Orquestra della Toscana (1985-2002) e não faltam exemplos - "Tre Voci" (1996); "Auf den Marmorklippen" (2002); "Open Air" (2012); "Here There is no Why" (2014).

Entretanto, os livros não deixavam de surgir, destacando-se "Il Mio Nome a Memoria" que, contando a história da sua família desde o final do século XIX, em 2000 alcançou quatro galardões. Mas a lista integra outras obras, anteriores e posteriores: "Hai Sbagliato Foresta" (1989), "Ritmi per il Nostro Ballo" (1992), "Corruzione" (1995), "L'Impegno Spaesato" (2002), "La Veritá non Serve a Niente" (2008), "Storia d'Amore in Tempo di Guerra" (2014) e, em 2016, o livro do qual hoje é aqui lido um excerto por Agostinho Costa Sousa - "Storie di Libri Perduti" (título original), ou seja, "História de Livros Perdidos".

Cargos diretivos estiveram sempre nas suas mãos: na Bienal de Veneza (1997-2002), na AGIS, a Associação Italiana de Artes Performativas (1998-2002), no Maggio Musicale Fiorentino, a Festa das Artes em Florença, encarregando-se da ópera (2002-2005), no Palazzo delle Esposizioni e Scuderie del Quirinale (2005-2008), na RAI (2009-2012), no Instituto Cultural Italiano em Nova Iorque (2015-2019). Com início em 2020, passou a exercer funções de presidente da Fondazione Alinari per la Fotografia na Toscânia.

Tendo passado por tantos desafios fascinantes, Giorgio van Straten nunca escondeu a admiração pelo ambiente nova-iorquino. Numa entrevista com Alain Elkann em 2016 afirmou: "Continua a ser o centro cultural do mundo ocidental. A qualidade e a quantidade da oferta cultural em Nova Iorque são excecionais, está sempre a acontecer qualquer coisa neste âmbito, seja de dia ou de noite."


Elsinore


"A qualidade e a quantidade da oferta cultural em Nova Iorque são excecionais, está sempre a acontecer qualquer coisa neste âmbito, seja de dia ou de noite. É uma cidade cujo ritmo nunca deixa de nos inspirar", afirmou em 2016 sobre a Big Apple.

Agostinho Costa Sousa reside em Espinho e socorre-se da frase de Antón Tchekhov: "A medicina é a minha mulher legítima, a literatura é ilegítima" para se apresentar. "A Arquitetura é a minha mulher legítima, a Leitura é uma das ilegítimas", refere. Estreou-se a ler por aqui a 9 de maio com "A Neve Caindo sobre os Cedros", de David Guterson, seguindo-se "As Cidades Invisíveis", de Italo Calvino, a 16 do mesmo mês, mas também leituras de obras de Manuel de Lima e Alexandra Lucas Coelho a 31 de maio. "Histórias para Uma Noite de Calmaria", de Tonino Guerra, foi a sua escolha no dia 4 de junho. No passado dia 25 de julho, a sua escolha recaiu em "Veneno e Sombra e Adeus", de Javier Marías, seguindo-se "Zadig ou o Destino", de Voltaire, a 28. O regresso processou-se a 6 de setembro, com "As Velas Ardem Até ao Fim", de Sándor Márai. Seguiram-se "Histórias de Cronópios e de Famas", de Julio Cortázar, no dia 8; "As Palavras Andantes", de Eduardo Galeano, a 11; "Um Copo de Cólera", de Raduan Nassar, a 14; e "Um Amor", de Sara Mesa, no dia 16. A 19 de setembro, a leitura escolhida foi "Ajudar a Estender Pontes", de Julio Cortázar. A 17 de outubro, a proposta centrou-se na poesia de José Carlos Barros com três poemas do livro "Penélope Escreve a Ulisses". Três dias mais tarde leu três poemas inseridos na obra "A Axila de Egon Schiele", de André Tecedeiro. A 29 de novembro apresentou "Inquérito à Arquitetura Popular Angolana", de José Tolentino de Mendonça. De dia 1 do mês seguinte é a leitura de "Trieste", escrito pela croata Dasa Drndic e, no dia 3, a proposta foi um trecho do livro "Civilizações", escrito por Laurent Binet. No dia 5, Agostinho Costa Sousa dedicou atenção a "Viagens", de Olga Tokarczuk. A 7, a obra "Húmus", de Raul Brandão, foi a proposta apresentada. Dois dias mais tarde, a leitura foi dedicada a um trecho do livro "Duas Solidões - O Romance na América Latina", com Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. Seguiu-se "O Filho", de Eduardo Galeano, no dia 20. A 23, Agostinho Costa Sousa trouxe "O Vício dos Livros", de Afonso Cruz. Voltou um mês mais tarde com "Esta Gente/Essa Gente", poema de Ana Hatherly. No dia 26 de janeiro, apresentou "Escrever", de Stephen King. Quatro dias mais tarde foi a vez de Maria Gabriela Llansol com "O Azul Imperfeito". "Poemas e Fragmentos", de Safo, e "O Poema Pouco Original do Medo", de Alexandre O'Neill, foram as mais recentes participações anteriores.

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