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Paulo Jorge Pereira

Agostinho Costa Sousa lê "Ararat", de Louise Glück

Updated: May 14, 2022


É poeta e ensaísta, nasceu em Nova Iorque no ano de 1943, cresceu em Long Island e recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2020: chama-se Louise Elisabeth Glück e já obteve diversos galardões pela sua obra. Já traduzida para português, aqui se apresenta "Ararat", exemplo da sua escrita para este Dia da Mãe e do Trabalhador.



A sua escrita é caracterizada como particularmente sensível para temas como a solidão, o divórcio, a morte, mas também uma constante reconstrução de mistos greco-romanos. Nascida a 22 de abril de 1943, Louise Elisabeth Glück, filha do casal formado por Beatrice e Daniel, e neta de judeus húngaros que emigraram para os Estados Unidos para melhorar as condições de vida e foram donos de uma mercearia, estudaria no Sarah Lawrence College e na Universidade de Columbia. Sofreu de anorexia nervosa e foi submetida a tratamentos e terapia durante vários anos. Influenciada por professores como Léonie Adams e Stanley Kunitz, iria transformar-se numa ensaísta e poeta de qualidade invulgar, publicando o primeiro livro de poesia, "Firstborn", em 1968, já depois de se divorciar de Charles Hertz Jr., com quem se casara em 1967. Tornou-se companheira (e, a partir de 1977, foi casada) do escritor John Dranow, tendo sido mãe de um rapaz em 1973. Em 1980, um trágico incêndio destruiu-lhe a casa, levando-a a passar por uma fase delicada da sua vida. Mais tarde, já nos anos 90, acabaria por divorciar-se de Dranow.

A sua obra inclui livros como "The House on Marshland" (1975), "The Garden" (1976), "Descending Figure" (1980), "The Triumph of Achilles" (1985), "Ararat" (1990) ou "The Wild Iris" (1992), este distinguido com o Prémio Pulitzer. Mas também "Proofs and Theories: Essays on Poetry" (1994), "Meadowlands" (1996), "The First Five Books of Poems" (1997), "Vita Nova" (1999, premiado com o Bollingen Prize da Universidade de Yale), "The Seven Ages" (2001), "Averno" (2006), "A Village Life" (2009), a seleção de poesia "Poems 1962-2012" ou "Faithful and Virtuous Night" (2014), obra distinguida com o National Book Award, e ainda "American Originality" (2017).

A irmã mais velha de Glück morreu durante a infância, mas Tereze, a irmã mais nova, além de vice-presidente do Citibank, também se tornou uma autora de ficção distinguida com vários galardões.

Na história do Nobel da Literatura, Glück foi apenas a 16.ª mulher distinguida. Além do seu, a lista comporta os seguintes nomes: Selma Lagerlöf (1909); Grazia Deledda (1926); Sigrid Undset (1928); Pearl Buck (1938); Gabriela Mistral (1945); Nelly Sachs (1966); Nadine Gordimer (1991); Toni Morrison (1993); Wislawa Szymborska (1996); Elfriede Jelinek (2004); Doris Lessing (2007); Herta Müller (2009); Alice Munro (2013); Svetlana Alexievich (2015) e Olga Tokarczuk (2018).

Na atualidade, Glück vive em Cambridge, no Estado do Massachussets, tendo passado por uma residência literária na Universidade de Yale.

A obra de Glück marcou presença por duas vezes aqui no blog, primeiro a 8 de outubro de 2020 e, mais tarde, a 12 de dezembro de 2021.


Relógio d'Água


O poeta Robert Hass classifica Glück como "uma das mais conseguidas poetas líricas contemporâenas".

Agostinho Costa Sousa reside em Espinho e socorre-se da frase de Antón Tchekhov: "A medicina é a minha mulher legítima, a literatura é ilegítima" para se apresentar. "A Arquitetura é a minha mulher legítima, a Leitura é uma das ilegítimas", refere. Estreou-se a ler por aqui a 9 de maio com "A Neve Caindo sobre os Cedros", de David Guterson, seguindo-se "As Cidades Invisíveis", de Italo Calvino, a 16 do mesmo mês, mas também leituras de obras de Manuel de Lima e Alexandra Lucas Coelho a 31 de maio. "Histórias para Uma Noite de Calmaria", de Tonino Guerra, foi a sua escolha no dia 4 de junho. No passado dia 25 de julho, a sua escolha recaiu em "Veneno e Sombra e Adeus", de Javier Marías, seguindo-se "Zadig ou o Destino", de Voltaire, a 28. O regresso processou-se a 6 de setembro, com "As Velas Ardem Até ao Fim", de Sándor Márai. Seguiram-se "Histórias de Cronópios e de Famas", de Julio Cortázar, no dia 8; "As Palavras Andantes", de Eduardo Galeano, a 11; "Um Copo de Cólera", de Raduan Nassar, a 14; e "Um Amor", de Sara Mesa, no dia 16. A 19 de setembro, a leitura escolhida foi "Ajudar a Estender Pontes", de Julio Cortázar. A 17 de outubro, a proposta centrou-se na poesia de José Carlos Barros com três poemas do livro "Penélope Escreve a Ulisses". Três dias mais tarde leu três poemas inseridos na obra "A Axila de Egon Schiele", de André Tecedeiro. A 29 de novembro apresentou "Inquérito à Arquitetura Popular Angolana", de José Tolentino de Mendonça. De dia 1 do mês seguinte é a leitura de "Trieste", escrito pela croata Dasa Drndic e, no dia 3, a proposta foi um trecho do livro "Civilizações", escrito por Laurent Binet. No dia 5, Agostinho Costa Sousa dedicou atenção a "Viagens", de Olga Tokarczuk. A 7, a obra "Húmus", de Raul Brandão, foi a proposta apresentada. Dois dias mais tarde, a leitura foi dedicada a um trecho do livro "Duas Solidões - O Romance na América Latina", com Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. Seguiu-se "O Filho", de Eduardo Galeano, no dia 20. A 23, Agostinho Costa Sousa trouxe "O Vício dos Livros", de Afonso Cruz. Voltou um mês mais tarde com "Esta Gente/Essa Gente", poema de Ana Hatherly. No dia 26 de janeiro, apresentou "Escrever", de Stephen King. Quatro dias mais tarde foi a vez de Maria Gabriela Llansol com "O Azul Imperfeito". "Poemas e Fragmentos", de Safo, e "O Poema Pouco Original do Medo", de Alexandre O'Neill, foram outras recentes participações. Seguiram-se "Se Isto É Um Homem", de Primo Levi, e "Se Isto É Uma Mulher", de Sarah Helm. No dia 18 de março, a leitura proposta foi de um excerto de "Augustus", de John Williams. A 24, Agostinho Costa Sousa leu "Silêncio na Era do Ruído", de Erling Kagge; a 13 de abril, foi a vez do poema "Guernica", de Rui Caeiro e, no dia 20, apresentou um pouco de "Great Jones Street", de Don DeLillo. No Especial dedicado ao 25 de Abril, a sua escolha foi para "O Sangue a Ranger nas Curvas Apertadas do Coração", escrito por Rui Caeiro.

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