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Armando Liguori Junior lĂȘ "Samadhi", de Leila Guenther

  • Paulo Jorge Pereira
  • Jan 19, 2024
  • 4 min read

Aqui se recupera o momento em que o poema "Samadhi", integrado na obra "Viagem a Um Deserto Interior", de Leila Guenther, foi a proposta de leitura apresentada por Armando Liguori Junior.



Natural de Blumenau, no Estado de Santa Catarina, onde nasceu em 1976, Leila Guenther tem formação na årea de Letras pela Universidade de São Paulo. A estreia literåria registou-se em 2006 com o livro de contos intitulado "O Voo Noturno das Galinhas", seguindo-se nova incursão no universo dos contos em 2011: "Este Lado para Cima" foi o título então publicado.

O livro "Viagem a Um Deserto Interior" (2015), em que se insere o poema "Samadhi", aqui declamado por Armando Liguori Junior, foi a primeira intervenção da escritora na poesia. E ganhou tal evidĂȘncia que foi mesmo um dos finalistas do PrĂ©mio Jabuti. "Partes HomĂłlogas" Ă© de 2019.

Em entrevista ao blog da AteliĂȘ Editorial, a autora traçou uma espĂ©cie de resumo sobre "Viagem a Um Deserto Interior": "É um livro de poemas e haicais dividido em cinco partes: 'Paisagens de Dentro'; 'O Deserto Alheio'; 'Castelo de Areia'; 'Um Jardim de Pedra' e 'A Possibilidade do OĂĄsis'. Tais partes relacionam, respetivamente, drama interior e solidĂŁo; o Outro, lugares estranhos/estrangeiros e o desejo de fuga para regiĂ”es distantes; observação minuciosa do ambiente domĂ©stico; o ambiente urbano, a natureza e o caminho do zen-budismo; e, com alguma ironia, a lembrança do amor e o desejo de libertação", explicou.

Mas nĂŁo se fica por estes livros a sua atividade: de acordo com o perfil no seu blog, chamado Na Linha da Vida, tem registado participaçÔes em diferentes coletĂąneas. "Quartas HistĂłrias: contos baseados em narrativas de GuimarĂŁes Rosa"; "Capitu Mandou Flores: Contos para Machado de Assis nos Cem Anos de sua Morte"; "50 versĂ”es de Amor e Prazer: 50 Contos ErĂłticos por 13 Autoras Brasileiras"; "Cusco, Espejo de CosmografĂ­as: AntologĂ­a de Relato Iberoamericano"; "Outras RuminaçÔes: 75 Poetas e a Poesia de Donizete GalvĂŁo"; "70 Poemas para Adorno"; "Grenzenlos"; "69: AntologĂ­a de Microrrelatos ErĂłticos"; "BlasfĂȘmeas: Mulheres de Palavra"; "Transpassar: PoĂ©tica do Movimento pelas Ruas de SĂŁo Paulo"; "Um Girassol nos teus Cabelos: Poemas para Marielle Franco" e "Sobre Poesia, Ainda".

Além disso, é responsåvel por "ediçÔes comentadas de obras da literatura brasileira e portuguesa". E estende o seu trabalho às artes dramåticas com a adaptação da peça "A Dama do Mar", de Susan Sontag, "baseada em Ibsen", tendo ainda traduzido "A Velha", "adaptação de Darryl Pinckney para uma novela de Daniil Kharms".

E, quando questionada, na jå citada entrevista ao blog da editora, sobre as inspiraçÔes para ser poeta, Leila Guenther foi taxativa: "Não me vejo como 'poeta'. Não me vejo sequer como escritora. Nem todo o mundo que cuida de doente é enfermeiro. Sou, antes, uma leitora. Uma amadora, no bom e no mau sentido. E, como gosto de observar e de aprender, tudo me serve de inspiração."   


AteliĂȘ Editorial/IlustraçÔes de Paulo Sayeg


"HĂĄ livros em que tudo parece acontecer, mas nada muda. HĂĄ livros em que tudo muda e nada parece acontecer. Este livro pertence evidentemente Ă  segunda categoria", escreve Alexandra Lucas Coelho no prefĂĄcio da obra "O Voo Noturno das Galinhas", editado em Portugal.

Armando Liguori Junior, ator e jornalista de formação, publicou, hĂĄ pouco tempo, "Eu Poderia Esstar Matando", mas tem outros livros publicados: trĂȘs de poemas ("A Poesia EstĂĄ em Tudo" – Editora PatuĂĄ 2020; "TerritĂłrios" – Editora Scortecci 2009; o recente "Ser Leve Leva Tempo", que jĂĄ aqui apresentou; e um de dramaturgia: "Textos Curtos para Teatro e Cinema (2017) – Giostri Editora). Atualmente mantĂ©m um canal no YouTube (Armando Liguori), dedicado a leituras literĂĄrias, especialmente de poesia. Estreou-se nas leituras aqui para o blog com "Se te Queres Matar Porque NĂŁo te Queres Matar?", de Álvaro de Campos, a 15 de julho de 2020, seguindo-se "Continuidades", de Walt Whitman, a 7 de agosto e "Matteo Perdeu o Emprego", de Gonçalo M. Tavares, a 11 de setembro, vĂĄrias leituras do meu "Murro no EstĂŽmago" (a 16 de outubro de 2020 e a 5 de setembro de 2021). Em 2021, a 12 de fevereiro, apresentou "Pelo Retrovisor", de MĂĄrio Baggio, seguindo-se "A Gaivota", de Anton Tchekhov, a 27 de março, Dia Mundial do Teatro; "A MĂĄquina de Fazer EspanhĂłis", de Valter Hugo MĂŁe, a 5 de maio, Dia Mundial da LĂ­ngua Portuguesa; e, a 10 de junho, Dia de Portugal, de CamĂ”es e das Comunidades Portuguesas, com leituras de "Cheira Bem, Cheira a Lisboa", de CĂ©sar de Oliveira, e um trecho de "Viagem", de Miguel Torga. A 26 de outubro surgiu "O Medo", de Carlos Drummond de Andrade, e Niels Hav com "Em Defesa dos Poetas" foi o passo seguinte, a 28. Antes de hoje, Armando Liguori Junior apresentara "Algo EstĂĄ em Movimento", de Affonso Romano de Sant'Anna, a 30 de outubro de 2021. A 2 de março de 2022 leu "O Gato Malhado e a Andorinha SinhĂĄ", de Jorge Amado, e no dia 6 apresentou "A MĂĄquina", de Adriana FalcĂŁo. "As Coisas", de Arnaldo Antunes, foi a proposta de 13 de março.

A 5 de maio, Dia Mundial da LĂ­ngua Portuguesa, leu "Ser Leve Leva Tempo". A 13, Armando Liguori Junior deixou outro exemplo de talento ao ler "PĂĄssaro Triste", do seu livro "Toda SaĂ­da É de EmergĂȘncia". No dia 19, CecĂ­lia Meireles e o poema "Escolha o seu Sonho" foram as propostas. Seguiu-se um excerto de "MacunaĂ­ma", de MĂĄrio de Andrade, a 27 de maio. De 3 de junho Ă© a proposta de leitura de "Sapatos", de Rubem Fonseca. A 4 de novembro leu "Samadhi", de Leila Guenther. De dia 24 Ă© "Carta a Meus Filhos sobre os Fuzilamentos de Goya", de Jorge de Sena. "O Gato e o PĂĄssaro", de Jacques PrĂ©vert", foi a leitura de 29 de novembro.

A 13 de janeiro trouxe um poema de Cristina Peri Rossi. A 5 de maio, no Especial sobre o Dia Mundial da LĂ­ngua Portuguesa, aqui voltou o seu "Ser Leve Leva Tempo". A 18 de maio voltou "O Medo", de Carlos Drummond de Andrade. No dia 5 de junho apresentou "O Poeta Fernando", inserido no seu novo livro intitulado "Eu Poderia Estar Matando". A 15 de junho regressou "Algo EstĂĄ em Movimento", de Affonso Romano de Sant'Anna. A 19 de junho leu "O Último Poema do Último PrĂ­ncipe", de Matilde Campilho. A 28 de agosto voltou "O Gato Malhado e a Andorinha SinhĂĄ", de Jorge Amado. De 9 de novembro Ă© a leitura do meu terceiro livro, "Filho da PIDE". "Diluição", de Joana M. Lopes, foi lido a 29 de novembro. Voltou a 5 de dezembro com "Escolha o seu Sonho", de CecĂ­lia Meireles. A 28 de dezembro leu "Os InvisĂ­veis", de JosĂ© Henrique Calazans.

 
 
 

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