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  • Paulo Jorge Pereira

Fernanda Silva lê "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão

A proposta de Fernanda Silva para hoje implica a estreia de uma obra e de uma autora multipremiada aqui no espaço deste blog: "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão.



São já mais de quatro décadas de vida literária para Teolinda Gersão, mas não há fadiga que a atinja, nem falta de vontade e capacidade para prosseguir o seu trabalho na escrita.

Teolinda Maria Sanches de Castilho Gersão Gomes Moreno nasceu em Coimbra a 30 de janeiro de 1940, estudou nas Universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim, foi leitora de português na Universidade Técnica de Berlim e professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa. Aqui ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. Com percurso um pouco por todo o mundo, viveu três anos na Alemanha, dois anos em São Paulo, no Brasil, além de também ter morado em Moçambique, mais concretamente na cidade de Lourenço Marques (atual Maputo), tendo sido também escritora residente na Universidade de Berkeley, na Califórnia. A partir da publicação de "Silêncio", em 1981, nunca mais deixou de escrever e publicar, estando a sua obra traduzida em cerca de duas dezenas de países. Parte do seu trabalho literário conheceu outras dimensões, uma vez que existem adaptações quer ao grande ecrã, quer em peças de teatro já exibidas no nosso país, mas também na Roménia e Alemanha, por exemplo.

Com o estatuto de uma das grandes escritoras portuguesas contemporâneas, coleciona alguns dos mais prestigiados galardões literários nacionais, de que servem como exemplos o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio do PEN Clube (1981 e 1989), o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, o Prémio Fernando Namora (1999 e 2015) e o Prémio Literário Vergílio Ferreira (2017), neste caso atribuído em função do conjunto da sua obra.

A estreia a publicar registou-se em 1981 com "Silêncio". Seguiram-se o livro de que aqui se apresenta um trecho, "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", "História do Homem na Gaiola e do Pássaro Encarnado", "Os Guarda-Chuvas Cintilantes", "O Cavalo de Sol", "A Casa da Cabeça de Cavalo", "A Árvore das Palavras", "Os Teclados", "Os Anjos", "Histórias de Ver e Andar", "O Mensageiro e Outras Histórias com Anjos", "A Mulher que Prendeu a Chuva", "A Cidade de Ulisses", "As Águas Livres", "Passagens", "Prantos, Amores e Outros Desvarios", Atrás da Porta e Outras Histórias" e "Alice e Outras Mulheres", este editado no ano passado.

Para saber mais sobre a escritora pode consultar aqui a sua página oficial.


Porto Editora


"África ensinou-me que não há culturas inferiores, mas apenas diferentes", afirmou a escritora em entrevista ao diário El Mundo, publicada em 2003.

Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina, seguindo-se "Imagias", de Ana Luísa Amaral, a 12 de novembro, e "Os Memoráveis", de Lídia Jorge, apresentado no passado dia 16. A 23 de novembro, Fernanda Silva leu um trecho do livro "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. A 5 de dezembro apresentou "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen e a 28 do mesmo mês fez a última leitura de 2020: "Na Passagem de um Ano", de José Carlos Ary dos Santos. A 10 de janeiro apresentou a sua primeira leitura de 2021 com "Cicatrizes de Mulher", de Sofia Branco, no dia 31 desse mês leu um trecho de "Mar me Quer", escrito por Mia Couto, e a 14 de fevereiro apresentou "Rodopio", de Mário Zambujal. A 28 de fevereiro foi a vez de ler um trecho do livro "A Instalação do Medo", de Rui Zink. No passado dia 8 de março, foi possível "ouvê-la" no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher, lendo um excerto da história "As Facas de Nima", escrito por Sofia Branco e parte do livro "52 Histórias". A 13 de março apresentou "Abraço", de José Luís Peixoto. No dia 24, foi a vez de ler "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago. A 27, a sua leitura de um excerto da obra "O Marinheiro", de Fernando Pessoa, integrou o Especial dedicado ao Dia Mundial do Teatro. A 28 de março leu um pouco do livro "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria. Voltou a 10 de abril com a leitura de um trecho do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco. E, no feriado da Revolução dos Cravos, leu um pouco da obra "A Revolução das Letras", de Vergílio Alberto Vieira. No dia 29 de abril trouxe-nos de volta o trabalho literário de José Carlos Ary dos Santos e leu o poema "Mulher de Maio". A 14 de maio trouxe "A Desumanização", de Valter Hugo Mãe.


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