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Paulo Jorge Pereira

Especial Dia Mundial da Criança com Inês Henriques a ler "Ulisses", de Maria Alberta Menéres

No Dia Mundial da Criança, Inês Henriques regressa e apresenta um trecho do livro "Ulisses", escrito por Maria Alberta Menéres.



Nascida em Vila Nova de Gaia, a 25 de agosto de 1930, Maria Alberta Menéres iria licenciar-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Mais tarde, tornou-se professora do Ensino Técnico, Preparatório e Secundário, com marcante presença para os alunos nas disciplinas de Língua Portuguesa e História. Em 1976, a docente seria responsável pela organização da "Antologia da Poesia Moderna Portuguesa" (1940/1967) e, dois anos mais tarde, cuidou da "Novíssima Antologia da Moderna Poesia Portuguesa", então numa parceria que estabeleceu com o poeta E. M. de Melo e Castro.

Diretora na RTP entre 1974 e 1986, no Departamento de Programas Infantis e Juvenis, a sua assinatura ficou associada à autoria de muitos programas. Seguiu-se o seu desempenho como assessora do Provedor de Justiça, entre 1993 e 1998, cabendo-lhe cuidar dos primeiros apoios a crianças e idosos no país. Foi Maria Alberta Menéres quem "inventou" quer a noção, quer o próprio nome, do Pirilampo Mágico, uma das mais duradouras e produtivas campanhas solidárias, além de as próprias letras das canções lhe pertencerem nos primeiros seis anos.

A principal imagem de marca de Maria Alberta Menéres, porém, é a sua autoria de mais de uma centena de livros infantis e juvenis. De todos estes sobressai "Ulisses", de que aqui se apresenta um excerto e que vai em 45 edições, tendo sido vendidos mais de um milhão de exemplares. A escritora foi ainda capa de realiar traduções, adaptações, publicar dezenas de peças de teatro, sem esquecer vários livros de poesia para os mais crescidos.

O Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças foi para as suas mãos em 1986 "pelo conjunto da sua obra literária e a manutenção de um alto nível de qualidade". De 2010 é a cerimónia em que lhe foi entregue a condecoração da Ordem de Mérito Civil no grau de comendadora.

A morte chegou aos 88 anos, em Lisboa, a 15 de abril de 2019.


Porto Editora


Sucesso de vendas e de público, "Ulisses" soma já 45 edições e mais de um milhão de exemplares vendidos.

A paixão e o carinho pelos livros têm acompanhado a vida de Inês Henriques. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Franceses), escolheu o Jornalismo como profissão e o Desporto como área de atuação. Realizado o curso profissional no CENJOR, foi estagiária na Agência Lusa, à qual voltaria mais tarde, e trabalhou no jornal A Bola antes de entrar na redação do Portal Sapo. Neste contexto, a proximidade do desporto adaptado levou-a a escrever "Trazer o Ouro ao Peito - a fantástica história dos atletas paralímpicos portugueses", publicado em 2016. Agora, apesar de já não estar no universo profissional do Jornalismo, continua atenta a essa realidade ao mesmo tempo que tem sempre um livro para ler. E vários autores perto do coração.

Inês Henriques tem presença regular e já está na casa das dezenas em participações aqui no blog. Estreou-se a 27 de abril com "Perto do Coração Selvagem", de Clarice Lispector; voltou a 10 de maio e leu um excerto de "A Disciplina do Amor", de Lygia Fagundes Telles; no último dia de maio apresentou parte de "351 Tisanas", obra de Ana Hatherly; a 28 de junho, propôs literatura de cordel, com um trecho do livro "Clarisvânia, a Aluna que Sabia Demais", escrito por Luís Emanuel Cavalcanti; a 22 de agosto apresentou um excerto da obra "Contos de Amor, Loucura e Morte", escrita por Horacio Quiroga; a 15 de setembro leu um trecho de "Em Açúcar de Melancia", de Richard Brautigan; a 18 de novembro voltou com "Saudades de Nova Iorque", de Pedro Paixão, e na quinta-feira, 10 de dezembro, prestou a sua homenagem a Clarice Lispector no dia em que a escritora faria 100 anos, lendo um conto do livro "Felicidade Clandestina". Três dias mais tarde apresentava "Os Sete Loucos", de Roberto Arlt. A 3 de janeiro leu um trecho de "Platero e Eu", de Juan Ramón Jiménez. No dia 8 foi a vez de ter o seu livro em destaque por aqui, quando li um excerto de "Trazer o Ouro ao Peito". A 23, a Inês voltou e leu um trecho do livro "O Torcicologologista, Excelência", de Gonçalo M. Tavares e no dia 1 de fevereiro foi uma das participantes no Especial dedicado ao Dia Mundial da Leitura em Voz Alta com "Papéis Inesperados", de Julio Cortázar. A 13 de fevereiro apresentou um excerto do livro "Girl, Woman, Other", de Bernardine Evaristo, participando a 8 de março no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher com a leitura de um trecho do livro "A Ilha de Circe", de Natália Correia. A 5 de maio participou, com Armando Liguori Junior, no Especial dedicado ao Dia Mundial da Língua Portuguesa. No dia 22 de maio, ao lado de Raquel Laranjeira Pais e Rui Guedes, contribuiu para o Especial dedicado ao Dia do Autor Português.

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