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  • Paulo Jorge Pereira

Fernanda Silva lê "Crónica de Uma Travessia", de Luís Cardoso

A proposta de leitura para hoje é apresentada por Fernanda Silva que recorre a um autor timorense e revela um pouco de "Crónica de Uma Travessia", de Luís Cardoso.



Oriundo de Kailako, vila do interior de Timor, Luís Cardoso de Noronha nasceu em 1958, filho de um casal em que o pai se expressava em mambai e a mãe falava lacló - daqui resultou o acordo de que, pelo menos no núcleo familiar, fosse usado o tétum-praça. Estudante em colégios missionários como os de Soibada, Fuiloro e Dare, o futuro escritor iria aproveitar a Revolução do 25 de Abril para completar a sua aprendizagem precisamente em Portugal. Teve, então, a oportunidade de licenciar-se em Silvicultura (Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa) e, mais tarde, exerceu o papel de representante do Conselho Nacional da Resistência Maubere em solo português. Outras missões que desempenhou incluem funções como as de cronista (revista Fórum Estudante) ou de docente de Tétum e Língua Portuguesa em ensinamentos destinados à formação especial de compatriotas.

Além do livro de que aqui se apresenta um trecho ("Crónica de Uma Travessia", publicado em 1997), Luís Cardoso publicou "Olhos de Coruja Olhos de Gato Bravo" (2002), "A Última Morte do Coronel Santiago" (2003), "Requiem para o Navegador Solitário" (2007) e "O Ano em que Pigafetta Completou a Circum-Navegação" (2013).


D. Quixote


A Revolução do 25 de Abril abriu caminho a que Luís Cardoso completasse os estudos em Lisboa.

Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina, seguindo-se "Imagias", de Ana Luísa Amaral, a 12 de novembro, e "Os Memoráveis", de Lídia Jorge, apresentado no passado dia 16. A 23 de novembro, Fernanda Silva leu um trecho do livro "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. A 5 de dezembro apresentou "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen e a 28 do mesmo mês fez a última leitura de 2020: "Na Passagem de um Ano", de José Carlos Ary dos Santos. A 10 de janeiro apresentou a sua primeira leitura de 2021 com "Cicatrizes de Mulher", de Sofia Branco, no dia 31 desse mês leu um trecho de "Mar me Quer", escrito por Mia Couto, e a 14 de fevereiro apresentou "Rodopio", de Mário Zambujal. A 28 de fevereiro foi a vez de ler um trecho do livro "A Instalação do Medo", de Rui Zink. No passado dia 8 de março, foi possível "ouvê-la" no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher, lendo um excerto da história "As Facas de Nima", escrito por Sofia Branco e parte do livro "52 Histórias". A 13 de março apresentou "Abraço", de José Luís Peixoto. No dia 24, foi a vez de ler "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago. A 27, a sua leitura de um excerto da obra "O Marinheiro", de Fernando Pessoa, integrou o Especial dedicado ao Dia Mundial do Teatro. A 28 de março leu um pouco do livro "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria. Voltou a 10 de abril com a leitura de um trecho do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco. E, no feriado da Revolução dos Cravos, leu um pouco da obra "A Revolução das Letras", de Vergílio Alberto Vieira. No dia 29 de abril trouxe-nos de volta o trabalho literário de José Carlos Ary dos Santos e leu o poema "Mulher de Maio". A 14 de maio trouxe "A Desumanização", de Valter Hugo Mãe. No dia 23 deixou um pouco do livro "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão. A 28 de maio apresentou "Nunca Outros Olhos seus Olhos Viram", de Ivo Machado.


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