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  • Paulo Jorge Pereira

Especial Dia Mundial da Poesia: Fernanda Silva lê "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria

Multipremiado e multifacetado no seu percurso, o atual presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, José Jorge Letria, está hoje, Dia Mundial da Poesia, no centro da leitura de Fernanda Silva com um excerto do livro "Uma Viagem no Verde".



Do jornalismo à literatura, de cantor de intervenção ao lado de José Afonso, Manuel Freire, Adriano Correia de Oliveira ou Francisco Fanhais, além de outros, a presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, o percurso de vida de José Jorge Alves Letria é muito diversificado. Nascido em Cascais a 8 de junho de 1951, Letria, que dá nome a uma escola do concelho e ali foi vereador da Cultura (1994-2002) começou por desenvolver a sua atividade nos jornais, embora fosse estudante universitário de Direito, História e História da Arte (mais tarde iria obter pós-graduação em Jornalismo Internacional, bem como um mestrado ligado às Relações Internacionais e doutoramento na área de Ciências da Comunicação). Docente de Jornalismo, a sua dedicação às temáticas comunicacionais levou-o a publicar três obras sobre esse universo.

Mas no princípio de tudo está a escrita em publicações como Diário de Lisboa, Notícias, República, Musicalíssimo, Diário de Notícias ou Jornal de Letras. Correspondente de jornais internacionais, é autor de programas de rádio e de TV (o destaque é Rua Sésamo), além de ter desempenhado funções diretivas na Casa da Imprensa. As suas ligações na luta contra a ditadura - foi filiado no Partido Comunista entre o começo dos anos 70 e o princípio da década de 90 - permitiram-lhe estar tão bem informado acerca da Revolução que, nas vésperas do 25 de Abril, foi um dos poucos civis a conhecerem antecipadamente o que iria acontecer (escreveria o livro "Uma Noite Fez-se Abril" precisamente sobre isso) e iria cooperar com o novo poder democrático através da sua ação na Direção da Emissora Nacional, aí permanecendo até 1975. Antes, entre 1972 e 1973, estivera sempre muito ativo na gravação de discos e em concertos fora do país com as canções de intervenção como epicentro e a suscitar atenção da PIDE.

A dedicação às letras fez com que escrevesse não apenas poesia, mas também literatura para os mais jovens, romances, teatro, contos ou ensaios. Traduzida para uma dúzia de idiomas, a sua obra foi já por diversas vezes premiada quer em Portugal, quer além-fronteiras. É também no estrangeiro que tem participado em múltiplas iniciativas de dinamização cultural e desempenhado diferentes missões, entre as quais a de júri ou com ligação aos direitos de autor. Outra das causas a que tem dedicado particular atenção é a defesa dos direitos dos animais, algo que já lhe assegurou também algumas distinções.

Da sua vasta obra fazem parte títulos para os mais jovens como: "Mouschi, o Gato de Anne Frank (com ilustrações de Danuta Wojciechowska); "Corpos Celestes" (ilustrado por Sandra Abafa); "O Abraço de Picasso" (ilustrado por R. Carlos Rebelo da Silva); "Olá, Brasil!" (ilustrações de João Fazenda); "A Violência Explicada aos Jovens... e aos Outros" (ilustrado por João Fazenda); "Uma Viagem no Verde" (ilustrado por Raquel Pinheiro), de que aqui se apresenta um trecho; "A Minha Primeira República" (com ilustrações de Afonso Cruz); "Henriqueta, a Tartaruga de Darwin" (também ilustrado por Afonso Cruz); "Galileu à Luz de uma Estrela" (ainda com Afonso Cruz nas ilustrações); "O Dia em que o Homem Beijou a Lua" (ilustrado por Carla Nazareth); "O Alfabeto dos Países" (outra vez ilustrado por Afonso Cruz); "Era Uma Vez um Rei Conquistador" (Afonso Cruz ilustra); "Machado dos Santos-Herói da Rotunda" (ilustrado por Afonso Cruz).



Para mais crescidos publicou, por exemplo, "Do Sentimento Mágico da Vida"; "A Mão Esquerda de Cervantes"; "A Metade Iluminada"; "Um Amor Português"; "Meu Portugal Brasileiro"; "O Que Darwin Escreveu a Deus"; "Coração Sem Abrigo"; "A Última Valsa de Chopin"; "O Vermelho e o Verde"; "E Tudo Era Possível - Retrato de Juventude com Abril em Fundo".


Vega/Ilustrações de Raquel Pinheiro


O trabalho literário de Letria tem percorrido inúmeros territórios diferentes, no fundo, replicando um pouco do que tem sido o seu diversificado trajeto de vida.

Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril de 2020, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina, seguindo-se "Imagias", de Ana Luísa Amaral, a 12 de novembro, e "Os Memoráveis", de Lídia Jorge, apresentado no dia 16. A 23 de novembro, Fernanda Silva leu um trecho do livro "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. A 5 de dezembro apresentou "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen e a 28 do mesmo mês fez a última leitura de 2020: "Na Passagem de um Ano", de José Carlos Ary dos Santos. A 10 de janeiro apresentou a sua primeira leitura de 2021 com "Cicatrizes de Mulher", de Sofia Branco, no dia 31 desse mês leu um trecho de "Mar me Quer", escrito por Mia Couto, e a 14 de fevereiro apresentou "Rodopio", de Mário Zambujal. A 28 de fevereiro foi a vez de ler um trecho do livro "A Instalação do Medo", de Rui Zink. A 8 de março, foi possível "ouvê-la" no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher, lendo um excerto da história "As Facas de Nima", escrito por Sofia Branco e parte do livro "52 Histórias". A 13 de março apresentou "Abraço", de José Luís Peixoto. No dia 24, foi a vez de ler "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago. A 27, a sua leitura de um excerto da obra "O Marinheiro", de Fernando Pessoa, integrou o Especial dedicado ao Dia Mundial do Teatro. A 28 de março leu um pouco do livro "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria. Voltou a 10 de abril com a leitura de um trecho do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco, que hoje aqui já se recuperou. E, no feriado da Revolução dos Cravos, leu um pouco da obra "A Revolução das Letras", de Vergílio Alberto Vieira. No dia 29 de abril trouxe-nos de volta o trabalho literário de José Carlos Ary dos Santos e leu o poema "Mulher de Maio". A 14 de maio trouxe "A Desumanização", de Valter Hugo Mãe, que hoje aqui regressa. No dia 23 deixou um pouco do livro "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão. A 28 de maio apresentou "Nunca Outros Olhos seus Olhos Viram", de Ivo Machado. "Crónica de uma Travessia", de Luís Cardoso, foi o excerto apresentado a 3 de junho. "100 Histórias do meu Crescer", escrito por Alexandre Honrado, foi a escolha do dia 15. A 20 de junho, a proposta recaiu sobre uma parceria entre Manuel Jorge Marmelo e Ana Paula Tavares para o livro "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio". "Mulheres da Minha Alma", de Isabel Allende, a 15 de outubro, foi outra das leituras de Fernanda Silva aqui no blog. A 12 de novembro, leu um pouco da obra "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. De 10 de dezembro é "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner, que já aqui regressou. Mia Couto e "O Caçador de Elefantes Invisíveis" surgiram a 7 de fevereiro de 2022 e voltam hoje. A 12 de março, a escolha de leitura de Fernanda Silva recaiu em "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre. No dia 31 registou-se o regresso da obra "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen.

A 3 de maio, a proposta de Fernanda Silva recaiu sobre "Afastar-se", de Luísa Costa Gomes. No dia 22, Manuel Jorge Marmelo e "A Última Curva do Caminho" foram objeto da sua atenção. A 22 de junho, "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, foi a proposta. A 6 de agosto aqui se recuperou a sua leitura de "Imagias", de Ana Luísa Amaral, que hoje regressa. No dia 20 foi o momento de reviver a proposta de "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo. E a 26 voltou "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre, assinalando a sua sessão de autógrafos na Feira do Livro do Porto e que, mais tarde, aqui voltou no Dia Mundial da Rádio.A 31 de agosto regressou a sua leitura do trabalho literário de Ana Luísa Amaral. De 8 de setembro é a leitura de um excerto de "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago, ressurgiu no dia 30. A 4 de outubro voltou Teolinda Gersão e a leitura de um trecho da obra "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo". No dia 12, o regresso coube a uma obra de Lídia Jorge intitulada "Os Memoráveis". A 26 voltou "Afastar-se", de Luísa Costa Gomes. "O Sol e o Menino dos Pés Frios", de Matilde Rosa Araújo, regressou a 17 de novembro. De 4 de dezembro é a releitura de um pouco da obra "A Instalação do Medo", de Rui Zink.

No dia 15 recuperei "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", colaboração entre Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo. No dia 21 apresentou "O Suave Milagre", de Eça de Queiroz, inserido no livro "As Mais Belas Histórias de Natal". "100 Histórias do meu Crescer", de Alexandre Honrado, voltou no dia de Natal. A 18 de janeiro voltou a sua leitura da obra "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco.

"O Caçador de Elefantes Invisíveis", de Mia Couto, foi a proposta que regressou a 29 de janeiro."O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queiroz, foi a proposta de 6 de fevereiro. Uma semana mais tarde, no Dia Mundial da Rádio, voltou "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre. A 24 de fevereiro trouxe "Pensageiro Frequente", de Mia Couto. No dia 7 de março voltou "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", de Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo. "Ventos do Apocalipse ", de Paulina Chiziane, foi a sua propost a a 13 de março.

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