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  • Paulo Jorge Pereira

Inês Henriques lê "Para Onde Vão os Guarda-Chuvas", de Afonso Cruz

Depois de por aqui terem passado leituras de obras como "Jesus Cristo Bebia Cerveja", "O Pintor Debaixo do Lava-Louças", "O Vício dos Livros", "A Boneca de Kokoschka" ou "Flores", todas de Afonso Cruz, hoje chega "Para Onde Vão os Guarda-Chuvas", proposta de Inês Henriques.



Não faltam a Afonso Cruz recursos para se movimentar com à-vontade em diversos tabuleiros, seja o da escrita ou o do cinema, mas também os da música e da ilustração. E qualquer destas facetas pode evidenciar-se em diferentes momentos, seja o guitarrista que aprendeu a tocar sozinho depois de comprar uma guitarra aos 18 anos e tem uma banda de blues (The Soaked Lamb, aqui em ação), o ilustrador de livros para crianças e não só, o cineasta de filmes de animação ou o escritor que acumulou leituras, passou a escrever num blog, foi convidado a trabalhar em publicidade e iria dedicar-se mais à escrita.

O autor nasceu na Figueira da Foz em julho de 1971, os seus estudos passaram pela Escola António Arroio, mas também por Belas Artes, em Lisboa, e ainda pelo Instituto de Artes Plásticas no Funchal. Mia Couto chamou-lhe "uma das vozes mais criativas da nova literatura em língua portuguesa". E acertou em cheio. Afonso Cruz deixou Lisboa há mais de dez anos para se radicar num monte alentejano. Mas volta muitas vezes à capital, quanto mais não seja por causa das viagens, sobretudo para ações de promoção dos seus livros, que lhe tomam cerca de metade do ano.

Com uma obra multipremiada e multifacetada, escreveu mais de três dezenas de livros, distribuídos por romance, poesia, conto, teatro, ensaio e não-ficção, estreando-se nos romances em 2008 com "A Carne de Deus". Outros exemplos da sua escrita: "Os Livros que Devoraram o Meu Pai", "A Boneca de Kokoschka", "A Contradição Humana", "O Pintor Debaixo do Lava-Loiças", "Jesus Cristo Bebia Cerveja", "O Livro do Ano", "Para Onde Vão os Guarda-Chuvas", "Vamos Comprar um Poeta", "Nem Todas as Baleias Voam", "Jalan, Jalan", "Princípio de Karenina", "Como Cozinhar uma Criança", "O Macaco Bêbedo foi à Ópera" e "Paz Traz Paz".

Desde 2009 publica, uma vez por ano, um volume daquilo a que chama Enciclopédia da Estória Universal. Ilustrou mais de três dezenas de obras, além de participar com ilustrações suas em diversos periódicos. Também o seu trabalho de realizador se espraiou por diferentes registos, não escapando a diversas distinções.

A 21 de maio de 2020, então pela voz de João Borges de Oliveira, "Jesus Cristo Bebia Cerveja", de Afonso Cruz, já tivera uma primeira leitura aqui no blog. A mesma obra teve direito a uma segunda leitura, na altura pela voz de Zita Pinto, a 26 de agosto. A 23 de dezembro, Sandra Escudeiro trouxe "O Pintor Debaixo do Lava-Louças". No dia 30 de abril de 2021, Rita França Ferreira apresentou a primeira leitura do livro que regressou comigo a ler a 7 de junho: "O Vício dos Livros". A terceira leitura de "Jesus Cristo Bebia Cerveja" foi apresentada a 11 de junho por Agostinho Costa Sousa. "A Boneca de Kokoschka" chegou aqui a 19 de julho. A 27 desse mês, nova leitura da obra "O Vício dos Livros". Em setembro, no dia 17, foi Inês Henriques quem nos deu "Flores". "O Vício dos Livros" voltou com Agostinho Costa Sousa a 23 de dezembro e com Sandra Escudeiro a 26 de abril deste ano.


Companhia dos Livros


Mia Couto chamou a Afonso Cruz "uma das vozes mais criativas da nova literatura em língua portuguesa".

Inês Henriques tem presença regular aqui no blog e a leitura de hoje foi apresentada em estreia a 24 de maio de 2020. A paixão e o carinho pelos livros têm acompanhado a sua vida. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Franceses), escolheu o Jornalismo como profissão e o Desporto como área de atuação. Realizado o curso profissional no CENJOR, foi estagiária na Agência Lusa, à qual voltaria mais tarde, e trabalhou no jornal A Bola antes de entrar na redação do Portal Sapo. Neste contexto, a proximidade do desporto adaptado levou-a a escrever "Trazer o Ouro ao Peito - a fantástica história dos atletas paralímpicos portugueses", publicado em 2016. Agora, apesar de já não estar no universo profissional do Jornalismo, continua atenta a essa realidade ao mesmo tempo que tem sempre um livro para ler. E vários autores perto do coração. Inês Henriques tem presença regular e já está na casa das dezenas em participações aqui no blog. Estreou-se a 27 de abril de 2020 com "Perto do Coração Selvagem", de Clarice Lispector; voltou a 10 de maio e leu um excerto de "A Disciplina do Amor", de Lygia Fagundes Telles; no último dia de maio apresentou parte de "351 Tisanas", obra de Ana Hatherly; a 28 de junho, propôs literatura de cordel, com um trecho do livro "Clarisvânia, a Aluna que Sabia Demais", escrito por Luís Emanuel Cavalcanti; a 22 de agosto apresentou um excerto da obra "Contos de Amor, Loucura e Morte", escrita por Horacio Quiroga; a 15 de setembro leu um trecho de "Em Açúcar de Melancia", de Richard Brautigan; a 18 de novembro voltou com "Saudades de Nova Iorque", de Pedro Paixão, e na quinta-feira, 10 de dezembro, prestou a sua homenagem a Clarice Lispector no dia em que a escritora faria 100 anos, lendo um conto do livro "Felicidade Clandestina". Três dias mais tarde apresentava "Os Sete Loucos", de Roberto Arlt. A 3 de janeiro leu um trecho de "Platero e Eu", de Juan Ramón Jiménez.

No dia 8 foi a vez de ter o seu livro em destaque por aqui, quando li um excerto de "Trazer o Ouro ao Peito". A 23, a Inês voltou e leu um trecho do livro "O Torcicologologista, Excelência", de Gonçalo M. Tavares e no dia 1 de fevereiro foi uma das participantes no Especial dedicado ao Dia Mundial da Leitura em Voz Alta com "Papéis Inesperados", de Julio Cortázar. A 13 de fevereiro apresentou um excerto do livro "Girl, Woman, Other", de Bernardine Evaristo, participando a 8 de março no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher com a leitura de um trecho do livro "A Ilha de Circe", de Natália Correia. A 5 de maio participou, com Armando Liguori Junior, no Especial dedicado ao Dia Mundial da Língua Portuguesa. No dia 22 de maio, ao lado de Raquel Laranjeira Pais e Rui Guedes, contribuiu para o Especial dedicado ao Dia do Autor Português. A 1 de junho interveio no Especial do Dia Mundial da Criança com "Ulisses", de Maria Alberta Menéres. No passado dia 7 de agosto, Inês Henriques leu um pouco da obra de estreia de Duarte Baião, "Crónicas do Desassossego". Chico Buarque e "Essa Gente" estiveram na sua leitura a 17 deste mês e, no dia 20, foi a vez de um pedaço do livro "À Noite Logo se Vê", de Mário Zambujal. "Sobre o Amor", de Charles Bukowski, foi a sua leitura de 7 de setembro, seguindo-se "Na América, Disse Jonathan", dois dias mais tarde. No domingo, dia 12, foi "Dom Casmurro", de Machado de Assis, a sua escolha para ler. Dia 15 foi o escolhido para apresentar "Coração, Cabeça e Estômago", de Camilo Castelo Branco. "Flores", de Afonso Cruz, foi a sua proposta no passado dia 17. A 21 de setembro apresentou "Normal People", de Sally Rooney. A 30 de setembro revelara a mais recente leitura: "Sartre e Beauvoir: A História de uma Vida em Comum", de Hazel Rowley. "Desamor", de Nuno Ferrão, surgiu a 20 de novembro, seguindo-se, além da já mencionada em cima leitura de "Amor Portátil", também a obra "Niketche: Uma História de Poligamia", de Paulina Chiziane, no dia 13, e ainda "Olhos Azuis, Cabelo Preto", de Marguerite Duras, no dia 22. Na véspera de Natal, Pedro Paixão e "A Noiva Judia" foram os convidados na leitura de Inês Henriques. A 1 de fevereiro, Dia Mundial da Leitura em Voz Alta, apresentou um trecho de "Todas as Crónicas", de Clarice Lispector. "Platero e Eu", de Juan Ramón Jiménez, que aqui estivera em janeiro de 2021, regressou no sábado, dia 12 de fevereiro. Dois dias depois começava a leitura de excertos do livro "A Nossa Necessidade de Consolo é Impossível de Satisfazer", do sueco Stig Dagerman, que se concluiu a 19 de fevereiro. A 28, o regresso às leituras por aqui fez-se com um excerto de "Pedro Lembrando Inês", de Nuno Júdice. "Um, Ninguém e Cem Mil", de Luigi Pirandello, foi a leitura proposta no passado dia 4. "Putas Assassinas", de Roberto Bolaño, surgiu a 10 de março. Herberto Helder e "A Menstruação Quando na Cidade Passava", do livro "Poemas "Completos", foram a leitura seguinte.

No dia 19, a proposta recaiu sobre "A Noite e o Riso", de Nuno Bragança. A 2 de abril, aqui se recuperara a sua leitura de um trecho da obra "Em Açúcar de Melancia", de Richard Brautigan. No dia seguinte homenageou a falecida Lygia Fagundes Telles com um trecho da obra "A Disciplina do Amor" e a 23 aqui recuperei a sua leitura de "Novas Cartas Portuguesas", de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa. No Especial do passado 25 de Abril, Inês Henriques apresentou um excerto da obra "Os Filhos da Madrugada", de Anabela Mota Ribeiro. A 5 de maio, no Especial dedicado ao Dia Mundial da Língua Portuguesa, propôs "Manual de Pintura e Caligrafia", de José Saramago. A 6 de junho leu "A Sangrada Família", de Sandro William Junqueira. No dia 1 de agosto, a escolha recaiu no japonês Junichiro Tanizaki com um excerto da obra "A Confissão Impudica". De 10 de outubro é a homenagem à nova Nobel da Literatura, Annie Ernaux, com um excerto do livro "Uma Paixão Simples".


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